segunda-feira, 27 de junho de 2016

«O que queria era estar pronta para abdicar, não de parte, mas de tudo.»

Mesmo sabendo e compreendendo que neste mundo há outras prisões sem grades de onde é muito difícil fugir: o cárcere da desconfiança, a ratoeira dos preconceitos, a cela da resignação, o calabouço da indiferença, a galé do desamor ou até a masmorra da solidão, foi. Ganhou. Nunca se espantou por perder o que quer que fosse.

4 comentários:

  1. Talvez ganhe, ao perder...

    Beijos, Impontual :)

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    1. Maria, aproveitando a deixa da Lispector sempre digo que também é caminho

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  2. caramba, I., como é que se agradece um gesto bonito destes?!

    «Meus companheiros amados,
    não vos espero nem chamo:
    porque vou para outros lados.
    Mas é certo que vos amo.

    Nem sempre os que estão mais perto
    fazem melhor companhia.
    Mesmo com sol encoberto,
    todos sabem quando é dia.

    Pelo vosso campo imenso,
    vou cortando meus atalhos.
    Por vosso amor é que penso
    e me dou tantos trabalhos.

    Não condeneis, por enquanto,
    minha rebelde maneira.
    Para libertar-me tanto,
    fico vossa prisioneira.»

    da maravilhosa Cecília Meireles.

    um abraço.

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