terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Não posso deixar de admirar gente desta

Que desce de forma vertiginosa e assustadora ao patamar mais profundo da vida e por lá fica, de olhos bem abertos num exame escuro, tempo suficiente para perceber o que vê, o que toca: o horror, a angustia e a permanente sensação primordial do medo de ser humano, de estar vivo, de ter que viver e dar vida, de ter de morrer. Mas que, ainda assim, encontra um feixe de luz para lutar e intuir que um dia gostaria de cuidar de fazer do preto, do branco e do cinza amigos de todas as cores do arco-íris.

Hoje recebem o prémio Sakharov pela defesa notável que fazem dos direitos humanos.

12 comentários:

  1. É 'isto' que me faz acreditar num mundo melhor :)

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  2. Reparaste no olhar delas, Impontual?
    Vai ser sempre diferente de uma mulher 'normal'...

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    1. Reparei. São olhos de quem foi ao fundo e por lá esteve com eles bem abertos a sentir o terror, a angustia e o medo de ser humano.

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  3. até dói olhar.
    revolve-me o estômago e o peito.

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    1. Doi, Laura. Mas é com gente desta que no meio do terror ainda consegue encontrar um feixe de luz que isto pode mudar.

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  4. era importante que a humanidade não visse só a entrega do prémio per se, mas sim, toda a importância de que se reveste esta cerimónia.

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    1. Era mesmo muito importante , mia dos santos. A ver se se acaba com este tipo de "genocídios" - que isto não tem outro nome próprio.

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  5. O improvável também acontece na impontualidade medonha dos bichos.
    A distinção que receberam as duas mulheres não apaga a barbárie que corre pelo mundo, nem sequer os traumas a que foram sujeitas.

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    1. Claro que não, Agostinho. Mas a visibilidade de gente desta é importante na luta pela causa. e isso é de enaltecer.

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  6. Claro, concordo. O problema é que o homem que dá é o homem que tira. A negociata das armas e do petróleo é mais importante para ele. Nunca se venderam tantas armas.

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