terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Vermelhão

Há dias que nunca mais acabam. Vêm marcados a vermelho-vivo, talvez para que não esqueçamos que a arbitrariedade é parte medular da vida, sejam ou não merecidas as suas irracionais derivações. Dias fodidos, essa pedra basilar da nossa minha existência, ainda é o que nos vai fazendo homens. Vou nadar alarvemente.

Quem diz homens, diz mulheres.

10 comentários:

  1. Vou puxar a corda das horas para que o dia acabe assim num instantinho, sim? Só para o amanhã chegar mais rápido. :)

    Deixo-te um abraço, I. :)

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  2. Isso era só falta de um haiku. Agora tudo ficará composto.

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  3. Dear Man With a Chair,
    faz tudo parte do mesmo conjunto, e parece-me tão correcta essa decisão de nadar alarvemente como, vejamos, de auscultar nevoeiros, comer dióspiros, beber um copo com calmas mil :)

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    1. Querida Alexandra,
      Sim, o palco dos dias é o mesmo para toda a gente. Depois, cada um derrete as suas "gorduras" como melhor lhe aprouver. Auscultar nevoeiros parece-me bem.

      Abraço

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  4. Nem o creme livra as peles caucasianas das mais profundas queimaduras...

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