segunda-feira, 29 de maio de 2017

Um domingo, uma chuva, uma cigarrilha...

As lágrimas são uma coisa misteriosa. A minha avó dizia-me antigamente que temos uns canais lacrimais para lavar os olhos que são máquinas frágeis e delicadas, mas ninguém sabe porque é que esses mesmos canais se põem a funcionar sozinhos quando estamos tristes. E não adianta perguntarmo-nos qual é a relação entre a tristeza e a água salgada. Embora valha a pena viajarmos pelos meandros da memória, vermos a maneira como a podemos enriquecer ou apagar, dar lugar à amnésia necessária para seguir caminho, não em direcção ao amanhã que esse nunca chega, mas ao dia seguinte.

5 comentários:

  1. (im)pontual(mente)nostálgico? Será do domingo? Da chuva? Da cigarrilha não será certamente e o amanhã que nunca chega dilui-se num novo dia a que chamou de seguinte :-)

    Boa noite

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    1. A noname sabe tudo, caramba! Como é que descobriu que eu não fumo?

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    2. Não adivinhei, apenas não me cheirou a tabaco enquanto falava consigo :-)

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  2. gosto do título e também gosto da água salgada nos olhos; ajuda às vezes a lavar a alma. e não tem necessariamente de ser triste.
    boa semana, Impontual.

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    1. Não tem necessariamente de ser triste, embora valha a pena, de vez em quando, ir aos meandros da memória e por lá ficar uns instantes de olhos bem abertos...

      Boa semana, Laura.

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