quarta-feira, 22 de novembro de 2017

omnia pro patria

Se não é o governo é o desgoverno, se não é a direita é a esquerda, se não é a demissão é a admissão, se não é o Panteão é a Agência Europeia do Medicamento, se não é o Outono soalheiro são os senhores da meteorologia que não fazem chover, se não é a carreira congelada é a carreira de estatuto automático , se não é o assédio é o pénis viral, se não é o Pinto da Costa é o Bruno de Carvalho, se não são as pedras da calçada é a alcatifa do hotel...

Sempre atrás das redes hertzianas, ligados por cabo, satélite e fibra óptica, quais atendedores automáticos de chamadas, mentes miserandas de sinapses de fraca carga, recolhendo os versículos do quotidiano onde o licencioso se mistura com a pequena luxuria e os tráficos de toda a espécie, uma pobreza sem bandeira, um submundo perdido dos lugares de fronteira, a cavalo entre o passado comezinho e o presente mesquinho.

Que puto de país! Que puta de gente!

17 comentários:

  1. Boa tarde. Há sempre alguma coisa para nos contrariar, kkk ;)

    Hoje: "" O coração não mente, mas sente""

    Bjos
    Feliz Quarta-Feira

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  2. O problema nunca está na Pátria, seja ela qual for. O problema é sempre o mesmo, o ser humano e a sua mesquinhez, e a sua voracidade pelo poder.

    Que puta de gente somos.

    Continuo a pensar que somos o único animal que Ele se arrepende de ter criado.

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  3. Não é o país que está mal, são as suas gentes.

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  4. Eu bem digo. Mas o Sr. Imnpontual não me ouve. O amor?

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  5. ...e, no meio de tanta miséria visceral, o que é isso do pénis viral, oh Impontual?...

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  6. Faço das minhas palavras as da Janita;-)

    Beijinhos

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  7. Nem é o país ... Nem é a gente ...
    É o que cada pessoa se foi deixando ser, e aos outros.
    País e gente deviam ser catalizadores de cada um se esmerar em fazer o conjunto melhor, e na realidade, serve para, em gente e país, se absolverem no anonimato, do que se deixam ir sendo, assim sem vergonha.

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  8. Isto é o senhor Impontual a dar a conhecer ao seu público blogueiro que também tem um lado mais agreste. Ora ainda bem :)

    nota muito pequena, quase indetectável: este agreste não tem qualquer conotação negativa.

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  9. Caro Inpontual, recomendo um afastamento drástico das redes sociais, duas doses de Nick Cave, um bom par de sapatilhas e uma caminhada, em Coimbra, subindo até Santa Clara-a-Nova e mergulhando na experiência do Anozero (bienal de arte), no final do percurso, faça o favor de se soltar com o William kentridge. Vai ver que passa.

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  10. Muito bem dito e descrito! Subscrevo cada palavras e com m ais intensidade o último parágrafo!

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  11. Gentes são estas a precisar de renovar valores que foi perdendo ao longo das épocas passadas, em que existiam e a que só faltava instrução...
    Hoje a situação è a inversa e eles precisam caminhar a par e, se possível, equilibrados.

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  12. Ora nem mais!

    Resta-me uma dúvida: para lutar pela pátria, é preciso que haja pátria. Será que ainda a temos, que ainda existe?

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