©Ilan Ejzikowicz
Nunca gostei de girassóis. Abrem-se ao sol e fecham-se à noite. Abrem-se em sociedade, sorriem sempre impecáveis, sempre simpáticos, irrepreensíveis e tão educados. É comovente a sua mendicidade. Querem que os outros, todos os outros, tenham de si uma boa imagem, que os amem, que os convidem para as suas mesas. Querem uma vida, um titulo de doutoramento, um estatuto para existir. Não suportam não ser nada nem ninguém, mas a vida é precária e por isso vale mais precaverem-se e avançar devagar, de cabeça curvada. Mendigos!
o que eu penso dos girassóis é que eles sabem viver, aproveitando o lado da vida que lhes traz o sol :)
ResponderEliminarSabem girar. Mendigos!
EliminarGostei muito da tua metáfora, Impontual.
ResponderEliminarHá muito "boa" gente que muda ou ajusta a sua posição à grande "moda" do momento.
O medo de ser nada ou ninguém é muito aflitivo.
EliminarÓ Impontual, agora nem sei que lhe diga mas eu vou ter de dizer alguma coisa, pois está claro. É que entendida a metáfora, comparar os belos e altivos girassóis a esses parasitas, deixa-me arreliada. Se pudesse aqui no comentário enviar-lhe-ia uma foto de muitas que tenho dessa bela flor.
ResponderEliminarQuerida Ava+Pain, eu gosto de girassóis, só não gosto é de girassóis.
Eliminar( as fotos no seu blog são magníficas.)
Obrigada, Impontual. :)
EliminarDiscordo totalmente desta interpretação. Os girassóis são a prova viva de que a vida é vivida em ciclos, de que há que haver capacidade de mudança e adaptação.
ResponderEliminarMas isto sou eu, que adoro girassóis, tive-os na "minha / nossa" mesa e ainda os procuro quando eu própria quero mudar as cores aqui de casa. Acho-os lindos!
Mendigos? Diga-me uma "flor" que seja dependente, Impontual.
independente, aliás *
EliminarPois eu Pseudo, minha cara, não podia estar mais de acordo com a sua interpretação: « os girassóis são a prova viva de que a vida é vivida em ciclos, de que há que haver capacidade de mudança e adaptação». Já quando estamos a falar de pessoas, que era o caso, é que...
EliminarNão me diga que acha que as pessoas não podem mudar e adaptar-se, serem camaleões.
EliminarEu sei o que quer dizer, Impontual; fala dos lambe-botas, beija-cus que andam para aí. Mas achei a comparação com esta flor tão bela algo infeliz. :)
Percebo e sei que percebe. a comparação foi com o propósito enfático.
Eliminar( ainda vou ter de pedir desculpas a comunidade girassol, à qual me juntarei no protesto, naturalmente.)
Subserviência, mais do que mendicidade, julgo.
ResponderEliminarBeijos, Impontual :)
...que como se sabe perverte a natureza humana.
EliminarAbraço, Maria (também posso chama-la de "tutu"? )
Tutu parece-me bem! :))
EliminarDos girassóis enquanto plantas, gosto muito do efeito visual dos campos cheios deles e das jarras e cestas assim alindadas.
ResponderEliminarQuanto aos dissimulados, hipócritas, sobranceiros e arrogantes, não sinto nada porque não quero sentir. O meu esforço nesse sentido tem resultado, sob pena de me considerarem anti-social.
Mesmo em circunstâncias em que, por via das obrigações, tenho de lidar com espécimes desse calibre, furo ao máximo as regras desse jogo podre. Sem conflitos.
Abraço, Impontual!
Isabel, permita-me ser repetitivo: gosto muito de girassóis, mas não gosto de girassóis.
EliminarUm abraço
Sim, Impontual, tinha entendido isso. :)
EliminarO que podia e pode ser discutido é a forma como se lida com os girassóis feios.
Bom dia!
"(...)
ResponderEliminarGirassol do falso agrado
Em torno do centro mudo
Fala, amarelo, pasmado
Do negro centro que é tudo."
Fernando Pessoa/ Novas Poesias Inéditas
(...)
Eliminar"Quase às vezes me envergonho
De crer tanto em que não creio.
É uma espécie de sonho
Com a realidade ao meio."
Perfeito, Teresa.
Parece-me amável este humor enluarado! Abraço!
ResponderEliminar«enluarado» é um termo magnífico, Andrea Liette. :)
EliminarAbraço