segunda-feira, 11 de julho de 2016

Je suis Portugal.

Estive por lá em dois jogos e bem vi, bem o senti de perto. Aquilo é a mesma virgem, a mesma fé, a mesma música, o mesmo calão, as mesmas alegrias, as mesmas tristezas. Quase a terra. Bem se sabe que cada país tem uma razão de ser -- a França tem uma fortíssima razão de ser --, há-os amáveis e caseiros, frios e calculistas, divertidos e irresponsáveis. Em todos eles se vendem planos de protecção para enfrentar as catástrofes da vida ou da própria natureza, mas nunca protecções contra a nostalgia que se instala em homens, mulheres e crianças aos quais, mesmo depois disto, restará o consolo de reinventar a pátria, noite após noite, num misero prato de bacalhau comida. Ninguém mais do que eles merece esta alegria incomensurável.

2 comentários:

  1. Trabalham duro, dão o litro e o meio litro mas emocionam-se facilmente.Choram mas sabem cantar. São portugueses que vivem longe do seu país e por isso sabem quanto custa ter saudades. Eles merecem todas as alegrias do mundo. Felicidades emigrantes.

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    1. Esta felicidade deles e para eles é inteiramente merecida.

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