Entrou na calada da noite, nesse espaço de tempo que antecede o sono e em que o mais severo dos cansaços nos toma e, vencidos, a memória omnipresente fustiga-nos a consciência fazendo-nos procurar cálidas miragens de quem poderia estar ali a dormir ao nosso lado. Como se esse alguém batesse à porta para recuperar o lugar de onde tinha sido expulso e implorasse: ama-me agora que não tenho palavras para te fazer enamorar do meu silêncio.
O amor há-de ser isso. Quando o silêncio do outro ameaça no escuro.
... e assim se combate
ResponderEliminarAssim se combate.
EliminarNão conhecia, Impontual
ResponderEliminarTenho estado a googlar
O Mister Impontual dormiu com Alda Merine
E eu dormi com alguém asdom
...
Mas tu sim, amaldiçoas
hora a hora o teu canto
porque desceste ao limbo,
onde inalas o absinto
de uma sobrevivência negada.
_/\_
Pois é Maria. Às vezes na cama somos dois, três... e mais.
EliminarLindo texto.
ResponderEliminarO amor pode ser isso, sim, a ameaça do silêncio no escuro. Ou talvez o próprio escuro.
Ou o próprio escuro.
EliminarObrigado, Bailune.
A noite fez-se para amar.
ResponderEliminarps Ando com muita vontade de arranjar um tempinho para ver o 'McCabe & Mrs. Miller'. O Impontual, por acaso, aceita fazer-me companhia e quem sabe conversar um bocadinho sobre o título que o filme recebeu em português e que eu, por acaso, adoro?
Agora não vai dar. Estou a viver no meio da pandemia.
EliminarMas sim, a noite foi feita para amar. Ou para proferir um grito tributado às estrelas.
Embora às vezes o melhor era ter-se dormido.
Um abraço.
Isto da pandemia com o seu distanciamento social é que parece que veio para ficar e estragar muitas noites.
EliminarAté o cinema foi cancelado!