quarta-feira, 15 de julho de 2020

Sessão da Meia-Noite


"Laranja Mecânica" -  Stanley Kubrick, 1971

Com Maria (sem rosto) que, por instinto, gosta de olhares fragmentados e consequentes leituras dissonantes.

19 comentários:

  1. Ora muito bom dia, Mister Impontual
    Grande filme trouxe. Muito há a dizer sobre ele. O meu primeiro pensamento foi: se o mundo societal for o espelho ampliado do mundo celular essa grande micro sociedade ainda pouco conhecida comecei logo por me lembrar de um mecanismo que existe chamado autofagia.
    O que lhe parece?

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Apaguei o comentário anterior para correção ortográfica. Tenho que ir ao oftalmologista já que pensar em comprar um outro suporte está fora da minha planificação estratégico-financeira 🤣

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    3. Vou ver se ganho o hábito de não escrever aqui diretamente e começo a usar com regularidade aquela app que dá pelo nome de bloco de notas. 😛
      Então aqui fica o que apaguei que pode parecer-lhe que não tem nada a ver com este filme mas tem. Lá chegaremos 🙄
      Ontem esqueci de perguntar-lhe: acredita que existe o livre arbítrio, tout court? 🤔

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    4. A Maria teve vontade de vestir, ainda que momentaneamente, a pele de Kubrick. na premonição; na simbologia da desconstrução da realidade, usando não a terapia da aversão mas algo mais deste tempo, questionando-se: e se existisse um método cientifico que permitisse metamorfosear as personalidades de modo a reorganizar as sociedades?
      Não me parece distópico… nem utópico.

      Obrigado por ter vindo.

      (Não, porque o livre-arbítrio é permanentemente confundido com a responsabilidade moral).

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    5. Parece-me que não podemos descartar nenhum dos conceitos, nem o da moralidade, nem o da liberdade. A moralidade é inerente ao social. Fico na dúvida se o conceito de liberdade não será mais utópico e construído.
      Somos seres "demasiado" complexos, vivemos num mundo "demasiado" diverso, para termos a leviandade de poder responder a questões como essa. Mas é bom irmos pensando nelas!

      E agora deixo-vos na vossa troca de galhardetes! Desculpem ter metido a colher! Que eu sou nova por estas paragens! :)

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  2. Outro filme a rever.
    Este confesso que com menos entusiasmo e alguma apreensão até. A memória que guardo é de crueza, violência e perversidade.
    Sei que o vi numa idade em que não tinha os óculos que tenho hoje, nem me movia com tanto à vontade na linguagem da saúde/doença mental. Quero reve-lo exactamente porque saberei dar nome à maioria do que se passará na tela e dentro de mim.
    Um clássico da distopia.
    E Kubrick merece toda a atenção.

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    1. Booo,
      será que devemos ver este filme, hoje, à luz dos novos conhecimentos da doença/saúde mental, necessariamente diferentes da época em que foi realizado?
      Haverá ou poderá haver outras leituras?

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    2. Boop, bom dia.

      Obrigado por ter vindo.

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    3. Bom dia Impontual.

      Maria, a mim interessa-me mais o que eu consigo viver / tirar/ aprender / sentir / ... com um filme, do que aquilo que me quiseram mostrar.
      Toda a arte é uma criação dinâmica e a partir do momento que é tornada pública deixa de ser propriedade exclusiva do seu criador. É apropriada, transformada, relida, por cada um que entra em contacto com ela. Isso é o que a torna maravilhosa!
      E não falava do que "se sabe" hoje em dia sobre doença/saúde mental, mas sobre o que EU sei. Porque isso inegra quem eu sou hoje e naturalmente modifca o meu olhar. Seja sobre o Leonardo DaVinci, seja sobre o Ricardo Araújo Pereira. (apenas dois exemplos aleatórios de que me lembrei agora!)
      Por isso...
      Acho que há sempre leituras diferentes!
      Especialmente num filme complexo como este. Que provavelmente não anulam a leitura anterior mas que a acrescentam.

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    4. Boop,
      nada da galhardetes é só corações... quando as coisas não avinagram. 🤣🤣🤣
      O Impontual e eu temos uma sociedade espiritual identitária virtual vai para alguns anitos.
      Sou um bocado avessa a contabilidades mas penso que a cota já se fixou nos 50/50.
      Ele dirá de sua justiça 🤣🤣🤣

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    5. SEIV
      ficou um acrónimo bem fixe
      Falta um A para ficar SEIVA
      isso é que era 😛

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  3. Por vezes tenho momentos de desalento mas depois levanto os olhos lá para cima e digo:
    - posso usar calças;
    - posso dar uma queca sem a preocupação de ficar prenhe;
    - posso escolher o dia em que vou parir;
    - se quero ou não aguentar aquela tortura...
    - posso apontar o dedo e gritar bem alto até ficar rouca "o violador és tu"

    Continua a haver fome e muitas formas de escravatura mas estamos a caminhar no sentido de um mundo melhor.
    Os dados não enganam; temos que ter presente que as regras irão ter que forçosamente mudar.
    *
    Terapia de aversão!?
    Cruzes credo canhoto.
    É terapia de imersão e essa tanto pode ser a do amor, da empatia, de respeito, da justiça... como a de choque. Infelizmente há tolinhas tão calcificadas que precisam do banho de um ácido para descolar as sinapses e restaurar a mielina 😛
    Custa muito mas tem que ser. Estou a lembrar da palmada no traseiro quando os fedelhos não decidem logo por motu próprio furar os tímpanos a quem está à volta ou como aconteceu a um familiar meu que nem assim lá ia e vai de lhe mergulharem a moleirinha alternadamente em água fria e água quente. Ainda bem que a malta esquece essas torturas com que somos expulsos do paraíso.
    *
    Quanto ao livre arbítrio o Mister Impontual ontem falou com tanta certeza que eu já tinha preparado eacarrapachar o poema do António Gedeão
    "Só quero o que me é devido
    por me trazerem aqui,
    que eu nem sequer fui ouvido
    no acto de que nasci."

    https://youtu.be/Nx1qcO1JwQ4

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  4. Acabei de me lembrar
    S. É. I. V. A
    Sociedade
    Espiritual
    Identitária
    Virtual
    Anónima
    😎😎😎😎

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  5. Mas o A também pide ser um dulp A de
    Amoroso/Avinagrada


    depende da posição dos astros
    😎😎😎😎😎

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  6. Bom dia, Mister Impontual E Boop
    Depois de tudo ler sugiro um triplo AAA como as pilhas de baixo consumo
    A - Anónima
    A - Amorosa [na aceção, que muitos brasileiros usam, no sentido de simpatia, carinho, ternura]
    A - Avinagrada [um vinagre bem fermentado é um ótimo alimento]

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  7. Então Mister Impontual. Eu Sou Eu, a Maria dos Espantos ;)
    Um bom fim de semana a ambos.
    Abraços e beijinhos

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  8. Boa noite, Mister Impontual.

    Passei para lhe deixar este link

    https://youtu.be/e3FCR_H0CmA

    Um abraço da SEIVAAA

    O que me divirto com este acrónimo

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  9. Olá, Mister Impontual.
    Como foi o seu fim-de-semana?

    Lembrei-me. Foi de qual foi o livro

    Os Contos de Kolima,6 7 Shalamov.

    Uma noite tranquila.
    😏

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