O Senhor Impontual esteve fora, num desses países com pouco sol e muita noite, e está feliz por ter voltado num fim de tarde magnifico como o de hoje! Enquanto percorria a auto-estrada do aeroporto até casa, o Senhor Impontual veio acompanhado pela lua. A cada mudança de direcção lá se ia escondendo atrás das nuvens, depois lá aparecia de novo no topo dos montes, imponente. Foram cinquenta quilómetros a observar no horizonte uma lua ora fugidia, ora omnipresente e luminosa. De vez em quando o Senhor Impontual ia fazendo um tubo com a mão e encostava-o ao olho e aí ela diminuía de tamanho, mas o seu interior ficava ainda mais encantador - a lua e quase todas as suas crateras.
Em tempos o Senhor Impontual conheceu uma mulher que também fazia com que o seu mundo ficasse agradavelmente mais reduzido, pelo que não tinha necessidade de mais nada para ficar numa felicidade extrema a não ser olhar para ela imersa na banheira com o corpo refractado pela água, ou observa-la enquanto dormia, ou mesmo quando se levantava da cama num gracioso movimento arqueado. Ela era o tipo de mulher que nunca nos cansamos de olhar, pois era reservada e tinha uma vida interior intensa que dava muito que fazer ao Senhor Impontual. Olhar para ela enquanto estava concentrada em alguma coisa - num livro, a fazer uma mala, a atar os atacadores dos ténis - era maravilhoso demais.
O Senhor Impontual está agora no alpendre, distendido na poltrona de orelhas com os pés sobre o escabelo, a ouvir Sinatra em "fly me to the moon" enquanto toma um copo de vinho tinto e, de repente, sentiu vontade de montar a árvore de Natal. Mas já se sabe, o Senhor Impontual não responde a impulsos subliminares.
O Senhor Impontual teve pena de não poder estar presente na festa do Jazz que acontece todos os anos em Novembro numa cidade que ama muito.
Em tempos o Senhor Impontual conheceu uma mulher que também fazia com que o seu mundo ficasse agradavelmente mais reduzido, pelo que não tinha necessidade de mais nada para ficar numa felicidade extrema a não ser olhar para ela imersa na banheira com o corpo refractado pela água, ou observa-la enquanto dormia, ou mesmo quando se levantava da cama num gracioso movimento arqueado. Ela era o tipo de mulher que nunca nos cansamos de olhar, pois era reservada e tinha uma vida interior intensa que dava muito que fazer ao Senhor Impontual. Olhar para ela enquanto estava concentrada em alguma coisa - num livro, a fazer uma mala, a atar os atacadores dos ténis - era maravilhoso demais.
O Senhor Impontual está agora no alpendre, distendido na poltrona de orelhas com os pés sobre o escabelo, a ouvir Sinatra em "fly me to the moon" enquanto toma um copo de vinho tinto e, de repente, sentiu vontade de montar a árvore de Natal. Mas já se sabe, o Senhor Impontual não responde a impulsos subliminares.
O Senhor Impontual teve pena de não poder estar presente na festa do Jazz que acontece todos os anos em Novembro numa cidade que ama muito.
É um gosto lê-lo, senhor Impontual.
ResponderEliminarUm resto de boa noite nessa sua poltrona com orelhas :)
Obrigado, Maria Madeira
EliminarJá era grande a saudade, Senhor Impontual.
ResponderEliminarAinda bem que regressou ao nosso aconchego...:)
Noite boa, muito boa e feliz!
Obrigado, Janita.
EliminarSô Impontual, é um gosto conhecê-lo a conta gotas.
ResponderEliminarContente, por sabê-lo de volta.
Posso garantir-lhe que jazz sentia saudades. :)
Devagar tudo é outra coisa.
EliminarObrigado, Noname. Como vai?
E que bons foram os concertos, este ano!
ResponderEliminarNostálgico, caro Impontual? Esta época é propícia a essa "denguice"!
Abraço, sim? :)
Foi, Maria?
EliminarSim a tudo, excepto à denguice.