terça-feira, 10 de agosto de 2021

Tábua de marés

Mas que boa ideia! Que ideia sã! Invejo-lhe a fleuma, a indolência, a despreocupação. Um ideal que para o atingir deve ser preciso ter a mente vazia ou então uma mente preenchida e rica. Vê-la comer foi altamente inspirador. Saboreou cada pedaço de comida, que escolheu com toda a calma. Teve o cuidado de escolher coisas de que gostava, que lhe caiam bem, porque o sabor lhe agradava. Prolongou interminavelmente a refeição, com o seu bom humor a aumentar, com a sua indolência a tornar-se mais sedutora, o espírito mais agudo, vivo, desperto. Uma boa refeição, uma boa conversa. Uma boa f...., pensou a minha mente insana. Que melhor forma de passar o dia. Ao contrario de mim não tinha escorpiões a devorar-lhe a consciência, preocupações das quais não se conseguisse descartar. 
Limitei-me a flutuar com a maré, e nada mais.

7 comentários:

  1. Eu cá acho que os últimos posts de aqui são a dizer assim aos leitores:
    - fodei-vos, masé.
    Mas isso sou eu e as minhas idiossincrasias.

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    1. E acrescento que subscrevo, ou subscreveria:
      - fodamo-nos pois, que o mar não está para peixe.

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    2. Estimada LK, subscrevo a sua subscrição.

      Já aceita um abracinho?

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  2. E por falar em marés... tenho agendado ir amanhã[hoje] ver as marés oscilarem a Moledo.

    Beijinhos a meter inveja
    (^^)

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  3. Deveríamos todos ser capazes de viver cada dia dessa forma prazerosa!
    Ah, a ignorância das modeduras da preocupação...

    Um abraço, caro Impontual. 🙂

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