O Senhor Impontual é um desgraçado e desgraçado é toda a alma presa pelo amor às coisas finitas... O Senhor Impontual sente, por antecipação, um profundo tédio aos dias vindouros. A alma do Senhor Impontual está despedaçada e escorre sangue, e não se sente bem em si, mas o Senhor Impontual não encontra lugar onde possa pacifica-la. Ela não encontrará paz nos bosques amenos, nem nos jogos e cânticos, nem em jardins suavemente perfumados, nem em banquetes faustosos, nem em lareiras rubras, nem no prazer da alcova, nem mesmo nos livros e na poesia.
Porém, há uma coisa extraordinária para ver nas margens do Arno neste inicio de Outono: o céu apinhado de pássaros.
Que exagero, Senhor Impontual. Mas folgo em saber que nessa alma, onde os desejos da carne fizeram morada, ainda existem restos de romantismo... :)
ResponderEliminarBom Outono.
Tem razão, Janita.
EliminarSomos de carne, mas temos de viver como se fosses de ferro.
Já viu como chove?
Já vi, sim Impontual.
EliminarPor aqui parecia que o mundo ia desabar com tanta água.
Não se molhe para se não constipar.
Fique bem.
Aproveite e dê banho ao cão :-)
ResponderEliminarMelhoras
Ai, Senhor Impontual, já me estava a sentir desgraçada com toda a (sua) desgraça.
ResponderEliminarFiquei, porém, mais descansada com a última frase do texto. Até lhe vi um sorriso e um olhar encantado, veja só!
Espero que não seja um Arno que se lhe deu!
Boa sexta-feira e lembre-se que o dia treze já lá vai: