quarta-feira, 19 de março de 2025

Passe-Partout

Há alturas em que a ausência é tão pesada como uma criança sentada sobre o meu peito. Noutras alturas, mal consigo recordar os traços exactos da fisionomia de quem me falta e tenho de ir buscar fotos que guardo em envelopes velhos dentro dos gavetões das cómodas. Os piores dias são aqueles em que, sem os procurar, os encontro nos sítios mais improváveis.

O tempo não cura nada, só fabrica cicatrizes... com uma habilidade sublime.

3 comentários:

  1. Mesmo assim, antes as cicatrizes do que as feridas abertas.

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  2. Nós somos uma cicatriz de nós próprios. Já lá vai o tempo em estávamos puros.
    Mas gostamos de continuar.
    Um abraço.

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  3. Ah, a ausência, essa danada!

    Abraço, caro Impontual!

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