O tempo passa, as recordações esbatem-se e o que não se extingue para sempre perde intensidade e com a inevitável distância parece menos do que foi. Não há respostas. Não há que lamentar. Nenhuma palavra modifica o passado e nenhuma é exacta se se pronuncia quando o que se nomeia é passado e não o presente. No presente as palavras não existem. As palavras surgem mais adiante. É ter calma.
Sabes, tenho gostado da tua referência frequente, nos últimos tempos, aos "advérbios de tempo".
ResponderEliminarTransmite uma sensação de calma.
Impontual, por aqui está uma tarde de sol, embora fria (só do lado de fora da pele) :)
Isabel, o tempo e a sua elasticidade ocupa-nos muito o lado de dentro da pele.
Eliminar(Magnifico dia de sol de inverno. Já decretei que fique assim até à Páscoa.) :)
Eu fico com a sensação que, se olharmos para o passado, ele atira-nos para o chão com a mesma força, independentemente do tempo que passou.
ResponderEliminarDeixo-te um beijo, I. :)
(e que o sol de inverno continue a brilhar para esses lados.)
Sim, até porque as dores do passado (quando muito lamentadas) povoam-nos o presente e quiçã o futuro.
EliminarAbraço
"...com a inevitável distância parece menos do que foi." Eu sou um amante do passado, bom e mau. Às vezes acho que o tempo que passa é apenas e só um bom barril de carvalho francês, onde com o anos o passado fica melhor e pronto a ser servido. :)
ResponderEliminarMeu caro CC, é uma boa opção essa de guardar o passado em cascos de carvalho francês.Mas não todo. Há passado que tem de ser consumido lá atrás no seu tempo.
EliminarUm abraço.
O tempo passa? E como sabemos que o tempo passa? O que é o tempo afinal?
ResponderEliminarO tempo é: aconteça o que acontecer amanhã vou lá estar. Ou então é uma fisga.
EliminarBoa tarde, Olvido.
ahhhh... então se amanhã eu não estiver não há tempo, ou não houve tempo?... agora essa da fisga é que me deixou a pensar...
ResponderEliminarHá recordações longínquas mais visíveis do que muito que se estende à frente dos meus olhos...
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