quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Dois cartões de Natal. Um com dedicatória, outro para quem o quiser apanhar

(para a ANOUK com um abraço)

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Minha cabeça estremece com todo o esquecimento.
Eu procuro dizer como tudo é outra coisa.
Falo, penso.
Sonho sobre os tremendos ossos dos pés.
É sempre outra coisa, uma
só coisa coberta de nomes.

As pessoas imaginam os seus próprios campos
de rosas. E às vezes estou na frente dos campos
como se morresse;
outras, como se agora somente
eu pudesse acordar.

(para quem o quiser apanhar)

29 comentários:

  1. Por vezes tudo se ilumina...

    Bom dia Impontual

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  2. Isto é assim, Impontual? Que desapontamento!!

    Os Cartões de Natal ou são dedicados ou são distribuídos a todos, por igual.
    Acha que eu ia entrar nesta corrida?...Nem aos saldos vou, quanto mais...
    Até parece uma noiva a atirar o bouquet...francamente.

    Vamos lá, vou dar-lhe outra oportunidade de se redimir.
    Faça aí um Cartão de Natal, bem bonito, para oferecer aos seus leitores.

    E não faça ouvidos de mercador, tá???

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  3. Não sei se posso ficar também com o postal musical?

    Retribuo agora o abraço. :)

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    1. Desculpe NUT, mas não pode! Se lhe enviarem, via CTT, um postal de Natal, pode mostrá-lo a outras pessoas mas jamais o poderá dividir, certo? Aqui é igual. A César o que é de César...

      Feliz Natal! :)

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    2. O seu postal, Janita, já seguiu via correio ( electrónico).

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    3. Já vi, Impontual, já vi...já lhe agradeci e já lhe disse o quanto gostei. :)

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  4. Fiquei feliz por o ter "dividido comigo"/connosco! Amei

    Beijo
    Voltarei

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  5. https://www.youtube.com/watch?v=3IwEkkom8s4

    (o registo "Entre Nós E As Palavras" é assim uma espécie de cartão de visita meu, muito líquido e absolutamente impossível. que seja hoje, então, pela surpresa, o meu postal de Natal para O Impontual. Pronto.)

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    1. (na íntegra aqui:
      https://www.youtube.com/watch?v=yEh5_bTxfS4&list=PLoh3kirLHRAzbIUgS4vqsQqfOsCTZJYfc)

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    2. A meu corpo estremece _ não digo minh'alma, porque perdi-a faz tempo _ de alegria.

      Obrigado, LK.

      Para si extraio Cesariny
      "Entre nós e as palavras, os emparedados
      e entre nós e as palavras, o nosso dever falar"

      Abraço apertado.

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  6. Fico então com aquele "para quem o quiser apanhar" :)) ... mas como tudo é também outra coisa, não sei se é com um postal de Natal que fico...
    Que o espírito natalicio, com palavras ou não, o abrace ;)
    Bom Natal, Sr Impontual

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    1. E fica muito bem, querida Olvido.
      Há lá uma estrofe que lhe assenta como uma luva:
      "As pessoas imaginam os seus próprios campos de rosas"

      Abraço

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    2. ... e será essa uma boa luva para nos assentar?
      E eu que me vi ali nos lembrados esquecimentos que estremecem...
      abraço

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  7. :)
    Muito obrigada pelo cartão. Como acertou na prenda? Um cartão com (esta) música é sempre a escolha acertada para mim.
    E como retribuir? Desejo-lhe muitos campos cobertos de despertares.

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    1. Uma vez que não conseguiu abrir o link...
      Aprendi nos 1001 frames. :)

      Abraço

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  8. Bom dia...Venho desejar um, Um Santo e Feliz Natal

    Que, este Natal, e o próximo ano de 2018, traga a todos os corações, bondade, fraternidade, gosto pela partilha. Que em cada família haja amor, saúde, amizade. FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO.

    Bjos
    Boas férias se for o caso

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  9. Dizer que:Natal "Deveria ser o Ano inteiro"...Desejo para NÓS, e para todo o Mundo: Paz; Amor; Harmonia; Fraternidade; Compreensão; Saúde; Fé; Honestidade; e que nunca nos falte a Esperança. Extensivo aos vossos familiares e amigos

    Beijo

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  10. «Quando eu era criança, o Natal entristecia-me. A desusada agitação dos adultos, a mãe metida na cozinha, o cheiro a fritos (as filhoses, as rabanadas, os sonhos) pela casa, as prendas, que me pareciam apenas uma rotina cabisbaixa (e porquê não poder abri-las antes da meia-noite?), o desolador menu da ceia (bacalhau!, eu que imaginava a felicidade sob a forma de um bife com batatas fritas!), tudo me fazia detestar o Natal. Só a construção do presépio me animava; com musgo e com algodão em rama imaginava campos e colinas cobertos de neve; um sinuoso caminho de serradura subia até à gruta, onde o Menino jazia deitado num ninho de pintarroxo (ainda hoje o tenho, a esse ninho); a vaca e o burro eram desproporcionados em relação ao tamanho do Menino, mas os meus pais sempre se recusaram a comprar outros; e o Rei Mago preto tinha-se partido noutro Natal e, no seu lugar, estava agora um jogador do Sporting, com bola e tudo!
    Como a infância, o Natal é algo que só podemos ter quando o perdemos. Quando somos crianças, o Natal é próximo de mais, e real de mais, para ser verdadeiro. Só a memória (e a memória construímo-la como construímos um presépio: com pedaços) o torna verdade. E só a memória nos permite saber, enfim, algo essencial: que o Menino da manjedoura éramos nós.»

    Manuel António Pina


    boas festas, I :)

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    1. Este natal é meu. Obrigado por me o ter tirado do fundo do baú.

      Abraço, querida flor.

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  11. *Os deuses e os Messias que são deuses
    Passam, e os sonhos vãos que são Messias.
    A terra muda dura.
    Nem deuses, nem Messias, nem ideias
    Que trazem rosas. Minhas são se as tenho.
    Se as tenho, que mais quero?*

    Ricardo Reis

    Uma rosa para si

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  12. I., tenho estado ausente, de qualquer forma passo para desejar-lhe um Natal quentinho. Com muitos sorrisos. :)

    Deixo-lhe um abraço. :)

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