quarta-feira, 12 de junho de 2019

O acaso é intrigante!

Sempre me intrigaram as coisas que acontecem por casualidade. Não consigo deixar de me maravilhar perante as consequências de um encontro fortuito, um homem entra num café e vê uma mulher muito bonita e nessa mesma noite volta a encontrar-se com ela e, no dia seguinte, telefona-lhe e convida-a para tomarem um copo e acabam por se tornarem amantes. Ou um avião que não se conseguiu apanhar porque um despertador se avariou e o avião cai e morrem todos os passageiros. Não vos parece esmagador que algo tão improvisado como não acordar ou ir tomar um café possa mudar a vida inteira de uma pessoa? Assim, sem qualquer determinação?

28 comentários:

  1. Sim. A minha vida já mudou consideravelmente por coisas dessas.
    (mas felizmente sem meter quedas de aviões)

    Olá, Impontual :-)

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    1. É intrigante! Como é que as coisas acontecem assim, sem qualquer força motriz, sem qualquer notificação, sem qualquer determinação. É que pode-se não estar preparado.

      Bom dia, Susana. Como vai?
      (no outro dia quis dizer-lhe que, dos vermelhos, me impressiona muito a cor sangue de boi, mas depois passou-me.)

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  2. Impontual, também é por isso, e para o bem e para o mal, que uma das frases que não gosto nada de ouvir é "a vida é feita de escolhas".
    Gosto de gente desperta e sensível ao acontecer, também a este acontecer.

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    1. Isabel, gosto de acreditar que em certos momentos das nossas vidas somos donos do nosso destino. Mas depois o acaso, a pontualidade, a fatalidade encarrega-se de me contrariar. Porém, gosto de insistir.
      Quantos às escolhas, é inevitável, quando fazemos uma opção estamos a descartar outra. Por isso tenho duvidas se, como diz o outro, seremos a soma das nossas decisões.

      Como vai?

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    2. Os dois lados contam, com mais ou menos evidência de uma parte, conforme as pessoas e as fases da vida.

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  3. Deveras! Houve um caso que na altura, talvez há dois/três anos, impressionou-me bastante; uma equipa de futebol preparava-se para viajar, já no aeroporto, o filho de um dos técnicos apercebe-se que não tem o passaporte e "paga caro" por essa "irresponsabilidade" - é impedido de viajar, ficando em "terra" [como é que alguém com vôo marcado, malas feitas, deixa em casa[!?] o "elemento chave"???]...
    O avião despenhou-se! Morreram técnicos e jogadores - praticamente toda a equipa, inclusive o pai deste jovem. Falo de uma equipa de futebol brasileira.

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    1. Recordo perfeitamente esse caso. Sim, o acaso é deveras intrigante.

      Bom dia, Té. Como vai?

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    2. Sim, Té, também já deixei em casa o "elemento chave" para uma viagem, o passaporte (que o agente de viagens conseguiu "recuperar" a tempo; confusão com o caducado), só que não ficou com história impressionante para contar.

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  4. Caramba, Isabel, que sorte! a duplicar.

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  5. Este é um desses temas que deixa toda a gente a matutar!
    Tem até já servido de inspiração para a criação de vários filmes onde se fantasia com a possibilidade de se voltar a trás e emendar o curso dos acontecimentos.

    Há muitos fatores da nossa vida que nós não controlamos (a Isabel falou disso, a vida não é SÓ feita de escolhas)... o livre arbítrio, o nosso, está interligado ao livre arbítrio de todas as outras pessoas que existem no mundo e há ainda todo o conjunto de interligações causa efeito que não podemos, nem individualmente nem colectivamente, controlar.

    Impontual... este tema dava pano para mangas, para a camisa toda e até para um fato completo! Espero que tenhas muitos comentários porque a tertúlia que um tema destes pode gerar é muito interessante de acompanhar.

    Beijinhos escolhidos para Ti
    (^^)

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    1. Eu já não tenho respostas por natureza e a minha querida Clara ainda veio deitar mais achas para a fogueira, digamos assim.
      Livre-arbítrio, determinismos, indeterminismos, compatibilismos e etc, são tudo afluentes do grande rio que é a causalidade. E a causalidade, já se sabe, não é linear e não vive só de casualidades. E agora?

      Beijo entregue pelo buraco da fechadura. :)

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    2. Gostei da dualidade palpitante entre a causalidade e a casualidade!
      O debate promete... :))

      (eu não deixei a porta do blogue fechada. podes lá entrar, não precisas de ficar à porta a espreitar pelo buraco da fechadura!)

      (^^)

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  6. Ah a casualidade é o sal da vida, meu caro. Não há exercício melhor que imaginar o "se" disto ou daquilo.

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    1. A casualidade, mesmo que não construa impérios, é um bom modo de vida.

      Como vai, meu caro Bondurant?

      Abraço

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  7. Já fiz um euromilhões com o máximo valor que se pode registar. Quando ia para o registar aconteceu que perante os gritos de uma senhora, tive que agarrar um ladrão que lhe arrancava das mãos a malinha. Resultado, não registei o boletim: Depois por curiosidade vi que se registasse não me saía nem um 3...Dei graças a Deus ao Ladrão...
    .
    Tenha um dia de amor e paz.
    .
    ** Lágrimas de amor **

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    1. Ajudar velhinhas sempre foi um amuleto muito eficaz, meu Caro Gil António. :)

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  8. Tenho uma lista impressionante de coisas assim, incluindo a própria vida, não poderia contá-las aqui, não só por serem muitas como algumas por serem dolorosas-mas com final feliz. Ainda assim, continuo a querer fazer escolhas e a querer determinar a minha vida. Mas já olho para esta minha racionalidade (que acho importante) de uma outra forma, percebendo que há muito que consigo controlar mas que há um outro tanto que não consigo.
    ~CC~

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    1. Ninguém se controla inteiramente. Se não é pelo lado de dentro será pelo lado de fora - há sempre algo que nos escapa. às vezes por entre os dedos das mãos como água.

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  9. Não, Man With a Char.
    Casualidades, nada mais.

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    1. às vezes gosto de acreditar que há casualidades que se conquistam. Mas não sei.

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  10. Será alguma coincidência o meu caro amigo fazer este post na véspera do santo casamenteiro?
    Estará apaixonado e não sabe?
    :)
    Uma muito boa noite, Mister Impontual e cuidado com o pingos da sardinha e do tinto
    ��

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  11. Impontual, foi esta parte do seu texto "um avião que não se conseguiu apanhar porque um despertador se avariou e o avião cai e morrem todos os passageiros" que levou ao meu comentário. Que como escrevi impressionou-me bastante. Daí não ter entendido o seu comentário ríspido, Isabel.
    Bom tarde para ambos, Isabel e Impontual. Tudo de bom.

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    1. Té, eu percebi perfeitamente o seu ponto assim como entendo o da Isabel que aponta no mesmo sentido, mas com saída diferente. Não creio que a Isabel pretendesse ser ríspida na apresentação do seu ponto.

      Obrigado

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    2. Só agora vi (e por acaso, porque tive tempo de vir dar uma volta e descer), essa questão do "comentário ríspido".
      Não estou a ver o que tenha dito que possa suscitar tal interpretação.

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  12. Impontual, quando temos o gosto e o hábito da leitura conseguimos apreender [compreender] o tom que é dado às palavras pelo autor. Ganhamos essa sensibilidade. Estarei errada? Fico por aqui.
    Boa tarde, Isabel e Impontual.

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    1. Té, só volto ao assunto porque formula uma questão no seu comentário. De facto quando lemos muito desenvolvemos essa sensibilidade de parecer que estamos a ver a expressão de quem escreve. Mas não estamos.

      Aceita um abraço?

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