Nos blogs, como na vida, a cada passo um homem pensa que a sua história já está terminada. Tamborila-se os dedos sobre o teclado e deixa-se escapar um suspiro. Fica só a faltar o fecho, uma frase que possa marcar um final adequado. Segundos depois um sorriso cruza-nos o rosto ao mesmo tempo que escrevemos:
- Continua.
"e espero estar agora mesmo a escrever,
em verbo arcaico indefectível cerrado,
um êrro absoluto,
um êrro escorchado vivo: vós sois o sal da terra,
vós que escreveis e enviais cartas a cada um e a todos
– a mão do mundo, a música, as cartas derradeiras
e os sobrescritos sem destinatários"
"e espero estar agora mesmo a escrever,
em verbo arcaico indefectível cerrado,
um êrro absoluto,
um êrro escorchado vivo: vós sois o sal da terra,
vós que escreveis e enviais cartas a cada um e a todos
– a mão do mundo, a música, as cartas derradeiras
e os sobrescritos sem destinatários"