Se não é o governo é o desgoverno, se não é a direita é a esquerda, se não é a demissão é a admissão, se não é o Panteão é a Agência Europeia do Medicamento, se não é o Outono soalheiro são os senhores da meteorologia que não fazem chover, se não é a carreira congelada é a carreira de estatuto automático , se não é o assédio é o pénis viral, se não é o Pinto da Costa é o Bruno de Carvalho, se não são as pedras da calçada é a alcatifa do hotel...
Sempre atrás das redes hertzianas, ligados por cabo, satélite e fibra óptica, quais atendedores automáticos de chamadas, mentes miserandas de sinapses de fraca carga, recolhendo os versículos do quotidiano onde o licencioso se mistura com a pequena luxuria e os tráficos de toda a espécie, uma pobreza sem bandeira, um submundo perdido dos lugares de fronteira, a cavalo entre o passado comezinho e o presente mesquinho.
Que puto de país! Que puta de gente!