Lá está, os pobres são colectivamente inabarcáveis. Eles não são apenas a maioria do planeta, eles estão por toda a parte e o mais pequeno dos eventos diz-lhes sempre respeito de alguma maneira. Consequentemente, a actividade dos ricos é a construção de muros - muros de betão, vigilância electrónica, barreiras, fronteiras armadas, informações erradas aos media e por último o muro do dinheiro para separar a especulação financeira da produtividade, do sacrifício.
Não vencerão, os "ricos". Estou à prova de "ricos" desde que nasci (antes mesmo de ser um projecto de gente, como se costuma dizer, e adoro a expressão), sei do que falo. A resiliência, é disto que falo, até dos "ricos", quando deixam de o ser (e sabem, então, o quão efémeras são as cousas), prova-o. A minha vida, a de tanta gente, "pobre", está no mesmo barco...
ResponderEliminarNão estou do lado dos que defendem que é preciso sê-lo para percebê-lo porque acredito que alguns, embora poucos, seres carreguem uma boa dose daquela que é a maior qualidade de todas, a empatia. Infelizmente são poucos os que do lado dos 'ricos' resistem a participar na 'especulação financeira da produtividade, do sacrifício. Resistirei a esses, sempre, ou enquanto a riqueza da minha dignidade me permitir, vassilar é humano...
ResponderEliminar*vacilar, também:)
EliminarAlexandra, Tétisq e Perséfone, permitam-me que as sente na mesma mesa de conversação.
EliminarA realidade incontornável dos dias de hoje é que o mais pequeno dos acontecimentos diz sempre respeito de alguma maneira aos pobres. E a pior das constatações é que a pobreza tem aumentado de tal modo que colectivamente já nem se consegue abarcar. Outra constatação absolutamente preocupante é que agora - e já não é de agora - temos trabalhadores pobres ou em risco de pobreza a quem são cortados os benefícios sociais, enquanto os ricos para que não corram o risco de qualquer colapso estão a receber benefícios fiscais. Enquanto isso as instituições (os tais nomes diminutos a que me referia há dias) continuam a trabalhar em favor unicamente dos mercados e não das pessoas. Senão repare-se na manobra de diversão milagrosa a que os governos se propõem que é aumentar o salário mínimo sem que isso custe um cêntimo aos patrões. Mas... o mundo continua a girar entretido em festas alegres e jazz.
Aceitam um abracinho?
Gosto muito de estar à mesa com vocês, apesar de nada disto ser novidade para mim, contratada em Outsourcing por uma empresa de trabalho temporário a prestar serviço para uma das maiores empresas a operar em Portugal ambas com lucros astronomicos.
EliminarTrabalhar e continuar pobre parece-me destinado. Felizmente ainda posso apreciar um Porto (comprado directamente ao produtor) enquanto o Chet Baker ressoa ali ao lado e trocamos uns abracinhos.
São servidos?
Aqui já falamos de um outro tipo de pobreza: que são os negócio que não produzem nada além de dinheiro. A terceirização contribui largamente para a exploração e desumanização do trabalho.
Eliminar(aceito esse cálice vindo directamente do produtor.)
Deixa-me profundamente irritada que nada se aprendeu com o passado. Em pleno século XXI continua-se a a fazer os mesmos erros. A sede do poder e o dinheiro.
ResponderEliminarBeijocas
Não era necessário haver, Piedade,
ResponderEliminarSe a Pobreza não fosse cultivada
E se houvesse geral Felicidade,
A Clemência seria aposentada.
Não sei quem escreveu
mas sei que não fui eu.
(No entanto poderia muito bem ter sido.)
Saudações pontuais.
Também não me importo nada de fazer minhas essas palavras. :)
EliminarAbraço, Janita.
Eu quero o abracinho (de partir costelas :) e o cálice de Porto e o derrubar da sede de poder e dinheiro :)
ResponderEliminarEu quero tudo isto, o que é verdadeiramente Grande, produtivo! :)****
Abraço aqui. Cálice é com a Tetisq. :)
Eliminarforreta, a guardar a adega para quê, quando a da hospedaria está sem chave na porta??!!!?
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