Lá fora, um ar frio e húmido que flutua em tons acinzentados. Do lado de dentro da noite, pendurados no cabide, os despojos da pandemia que se mesclam com os diferentes cheiros do dia: as grosserias dos convivas de trabalho, as suas diligências e a incompreensível tagarelice, os transportes, os transeuntes, a cidade, o mundo, a televisão e os seus resíduos - tudo colado à roupa como uma película aderente. Na verdade também lá estão impregnados os temores e os medos do que se não fala, mas que se podem perfeitamente agarrar com as mãos.
Isto está feio.
Regressa, em Abril/Maio, precisamos de ti num almoço :D
ResponderEliminarTenho um post parecido, que segue já, dedicado a ti e aos teus, mas com uma diferença: isto ainda está 'calmo'.
P.S. - Não compreendo por que razão não está aqui mais gente a almoçar contigo... :*
ResponderEliminarQuaisquer que sejam os encontros, entre rios ou pessoas, o Mundo não está para facilidades, sobretudo aí, no Norte de Itália. Isto está feio, sim.
ResponderEliminar“É dali que das águas o excedente
Que ter em si não pode, o lago brota
Em rio e cobre os prados largamente
Quando prossegue, outro apelido adopta
Chama-se Míncio, perde o nome antigo
No Pó junto a Governol, finda sua rota
No Verão à saúde traz perigo;
Em vasto plaino o álveo dilatando
Forma paul, das infecções amigo”
Cuide-se, caro I.
Un abbraccio. :)
Amore mio!
ResponderEliminarhttps://ruadaindia.blogspot.com/2020/03/amore-mio.html