terça-feira, 28 de junho de 2016

A desengulhar de Ferrante.


«E, no entanto, as mulheres - as boas mulheres - assustavam-me porque acabavam por querer a alma de um tipo, e a minha vontade era conservar o que sobrava da minha...»

18 comentários:

  1. Impontual, estou em crer que essa é a questão mais assustadora para ambas as partes.

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    1. ‎" - Não quero me aproveitar de você, Dee Dee - disse eu. - Nem sempre sou bom com as mulheres.
      - Já disse que te amo.
      - Não faça isso. Não me ame.
      - Ok - disse ela - não vou amar você. Vou quase amar você. Tá bom assim?
      - Melhor assim.
      Acabamos nosso vinho e fomos para cama."

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    2. Quase amar?
      Esse quase amar é amar. Provavelmente tem é maior esforço em não pensar na eventual duração.

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  2. Amar só faz sentido se for por inteiro... alma e corpo!

    (acho a imagem da capa do livro fantástica!)

    Beijinhos
    (^^)

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  3. Não é à toa que a frase que uso como lema é:
    Um homem só deve temer duas coisas: Deus e as mulheres! A não ser que seja ateu...

    :)

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    1. Quer então dizer que eu, ateu, posso estar descansado no que às mulheres concerne?

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    2. Não, meu caro. Quer dizer que apenas deves temer as mulheres...

      :)

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    3. Se devo teme-las como posso ama-las?

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    4. Temor também pode significar respeito e reverência...

      :)

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  4. Na altura não me senti preparada para continuar a ler o todo do que aqui citas.
    O cinismo, a infantilidade, a frieza emocional e sentimental....bem, assim deve ser menos penoso e trabalhoso, deve.

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    1. Mas... Pseudo, foi o vocabulário pesado (sei que é sensível a isso), vulgar, o timbre do narrador. As muitas descrições de cenas sexuais, a promiscuidade, as bebedeiras..?
      Eu acho que a leitura corre fácil. Com reflexões muito interessantes sobre coisas que a vida não nos deu no tempo certo que sendo relatadas na primeira pessoa só podem ser ditas assim. Mas isso sou eu - uma espécie de promiscuo - a fazer a minha própria leitura. :)

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    2. Nada disso. Anais Nin, Henry Miller, Anne Rice, BDSM Reading...em tempos fizeram parte, uma boa parte, das minhas leituras. Não é por aí.
      É mesmo a indiferença quanto a sentimentos, talvez uma identificação pessoal minha, um ver-me ao espelho e não gostar de que vi na altura. E já escrevi demais. :)

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    3. Pseudo, obrigado pelo seu tempo e pelas suas palavras. :)

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  5. Confesso que o prefiro a Ferrante.

    Boas leituras, Impontual :)

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    1. Maria, deixa-me citar Camus? Obrigado.

      «não há que ter vergonha de preferir a felicidade»

      Abraço

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  6. A melhor maneira de conservar a alma é querer entregá-la a alguém, diria eu.
    Ainda não li nada de Bukowski a não ser pequenos trechos que vou apanhando pela net e tenho curiosidade por esse livro.
    Bom dia

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    1. A melhor maneira de preservar a alma é bem capaz de ser deixá-la ir...

      Bom dia , Olvido.

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