Há dias em que, em vez de se abrir um jornal, bom era entrar-se num estado de ausência absoluta. Pender para a aproximação a um sifão misterioso que nos aspirasse para um outro mundo, território de menos angústias, campo aberto a outras euforias desmedidas, barco sem amarras arrastado por uma corrente invisível, a derivar insensivelmente para o largo. Aprendendo-se assim a evitar todas as formas interrogativas e a articular frases e semblantes que não exigissem nem inspirassem nenhuma explicação, nenhuma justificação, nenhuma continuação.
Quando tudo em volta se tornou tão feio, tão horrendo, sobrará apenas uma palavra - morte - e morte por morte, que se morra a tentar, viver
ResponderEliminar:=((
Noname: "morrer a tentar viver" apesar de toda a nobreza que encerra, magoa demais.
EliminarCaríssimo Impontual, quando descobrires o sifão dá-me coordenadas.
ResponderEliminarNoname infelizmente são muitos. Muitos a morrer a tentar viver.
Logo que saiba informo, Conta Corrente.
EliminarApetece, de facto, fugir!
ResponderEliminarBeijos, Impontual :)
Maria, é puxar o sifão.
EliminarAbraço