segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Acontece sempre nos primeiros dias de Setembro

... começa com um fervilhar de rins ao inicio da tarde, uma substância amorfa que se instala nas entranhas como um incómodo parasita, um veneno adocicado que tem a cor opaca do vazio e a espessura remota da névoa, um desejo inconsciente que embriaga a lucidez, uma chama, um acorde indefinido, uma sonolência mais pesada, a repulsa e simultaneamente a fascinação. Um teclado, uma tentação, uns gatafunhos e a pergunta sacramental. Um suspiro, uma fraqueza. Só espero que não me levem à risca.

14 comentários:

  1. Ninguém te levará à risca, se a ignorares.
    Olha bem o horizonte: não está lá, não existe, só uma névoa ténue e benfazeja, volteando até desaparecer lá no detrás do horizonte :)

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    1. é o que me aflige. a risca. ser levado à risca. :)

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    2. o teu sentido de humor também contém algo de embriagante, mas o 'copo' e o seu conteúdo são tudo menos lineares (como a risca :)

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    3. Eis os cerne (da questão) Alexandra.
      A risca é muito larga. Cheia de indefinições, cheia de imprecisões, cheia de incompreensões - que é daquilo sou/somos (riscar o que não interessar) feitos. Uma aflição. :)

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    4. ... precisamente aquilo com que melhor sei idar: indefinições, imprecisões, incompreensões, aflições :D

      ass:
      alexandra jones
      (sem chicote :)

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  2. Nem à risca nem à rasca...Começo a não levar o Impontual a sério, de jeito nenhum...

    :)

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  3. Boa tarde:- Imbróglios de sentimentos.
    .
    * Geladas lágrimas de silêncio. *
    .
    Abraço apertado em elos poéticos..

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  4. Respostas
    1. Disseram-me há bocado que este ano... a perturbação afectiva sazonal só vem lá para Outubro. Não estou a perceber...!

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    2. Este ano anda tudo atrasado. Primeiro o Verão agora a perturbação afectiva sazonal... é do aquecimento global!

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