quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Alinhamento dos astros

Tenho estado a ler a "Festa da insignificância", um pequeno livro em falta na minha prateleira onde o autor me brinda, na pele de quatro indivíduos na Paris destes tempos novos, com uma fabulosa narrativa sobre um mundo desprovido de sentido onde a insignificância é a essência da existência humana. Magnifico, como sempre, na sátira e na escrita clara e directa. 
Este ano, decorrente do processo em curso que recai sobre Jean-Claude Arnault, não haverá oficialmente prémio Nobel da Literatura. Embora tenha sido criada uma qualquer academia, não oficial, para atribuir o prémio a titulo alternativo, não se esperam novidades. Em 2019, depois da conclusão do processo Arnault, a eleição volta às mãos da academia sueca. E novidades não haverá, certamente.
Por isso, eu que durante anos a fio apostei em Milan Kundera e nunca tive o prazer de o ver galardoado, aproveito este excepcional hiato para lhe atribuir desde já o Prémio Nobel da Literatura 2018. 
Até que enfim.

13 comentários:

  1. Respostas
    1. Querida ana, pois digo-lhe que este "livrinho" é capaz de agregar em si todas as qualidades e nuances da escrita de Kundera.

      Como vai? Saudades de a "ver" do lado de fora.

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    2. pois é. até eu tenho saudades.

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  2. Até a essência insignificante da actual existência humana, necessita aprendizagem para se poder entender.
    Nada pode ser avaliado pela rama...verdade, Impontual?

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    1. Verdade. E não adianta, nem há necessidade, tentar ser brilhante.

      (Lembrei-me agora daquele personagem que se dedica à observação de umbigos)

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    2. Pois...do próprio umbigo, talvez...como o algodão doce, na máquina, a inchar, a inchar. Há muitas personagens assim, há.

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  3. Ajudo a fazer a festa!

    Um abraço, caro Impontual :)

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    1. Bem-vinda Maria Eu. Obrigado.
      Este ano sempre temos Nobel.

      Abraço.

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  4. Adorei ler-te. :))

    Hoje » És a minha luz.

    Bjos
    Votos de um óptimo fim de tarde

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  5. O apagamento é a melhor das 'nobelizações', medalhas, etc. Não sou de galardões. Donde, Kundera ou Roth (ofnalmenteenfim), é-me totalmete indiferente :)

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  6. Quem deveria 'nobelizar' seria cada leitor...

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    1. É isso mesmo que estou a fazer. Aliás, que faço há anos a fio.

      (porque nao me é indiferente, claro)

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