terça-feira, 28 de maio de 2019

Lolita

A rapariga da loja de conveniência onde me abasteço de manhã é uma rapariga de uma simplicidade absoluta. Não verdadeiramente bela. O rosto não chama particularmente a atenção. Mas, olhando de mais perto, damo-nos conta de que há qualquer coisa na sua silhueta, no seu modo de andar, no rubor das suas faces, no seu sorriso também, que é mais próprio da adolescência. A rapariga da loja de conveniência é uma mulher-menina. Tenho ocasião de observar as suas mãos longas: são finas e longas. Uma rapariga de mãos finas e longas. E manchas de rubor nas faces. Usa roupas informes e lenços intermináveis que lhe ficam bem na tez fresca e rosada. Os seus olhos brilham. No entanto não sinto desejo por ela. Já não desejo tudo o que vejo.

8 comentários:

  1. Desejar não é "pecado"...
    Cobiçar... SIM !

    Entretanto, fui OUVIR e recordar...

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  2. Falta-lhe (a ela) usar mini-saia ( digo eu...)
    .
    Deixando cumprimentos

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  3. Às vezes, o melhor de tudo é olhar...

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  4. Cá para mim é tudo ao contrário do que diz. O Sr. Impontual não pode é ver um rabo de saia. :))

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  5. Deve ser da lua
    :)
    Um resto de bom dia, Mister Impontual

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  6. O que não será mau de todo, digo eu[risos]
    Tarde boa, Impontual

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  7. Calculo que agora o Sr.Impontual se sinta melhor, é uma boa evolução na relação com as mulheres:)
    ~CC~

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