domingo, 3 de novembro de 2019

Dos problemas dos homens e das mulheres, a verdadeira história

Enquanto lá fora a chuva e o vento, irrevogáveis, não paravam de se digladiar, começou por explicar-lhe as coisas como se ela fosse ele e ele fosse ela e não se soubesse onde acaba um e começa o outro. E dizia: é preciso rirmos muito, até sentir as costelas quase a estalar, ou é preciso chorarmos muito, até sentir que ficamos limpos e vazios, ou então é preciso ter um orgasmo, que visto de certo modo também é uma forma de nos lavarmos, esvaziarmos, endireitarmos as costelas e sairmos dali, daquilo, de nós.

3 comentários:

  1. Nada como uma noite de chuva para resolver grandes questões.

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  2. E 'ela'? Gostou da ideia de endireitar as costelas ou de as estalar, rindo perdidamente?

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  3. A chuva lubrifica a terra
    que chovam relâmpagos

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