Esta manhã quando o sol rompeu, do céu azul caía uma chuva miúda e transparente. Em dias como este, em que o sol e a chuva se abraçam na terra, diz-se com alegria que é para festejar o casamento dos viúvos, que o céu tem destes caprichos. Hoje, porém, um silêncio triste cobre o povoado e os rostos dos seus habitantes parecem cerrados para todo o sempre.
Quem parece não se importar muito com isso é o cão de pêlo pardo que, entretido com o vento, não pára de correr e de arfar com a língua de fora. Como se a noiva estivesse presa no horizonte.
Está mas é um frio de rachar.
do livro do frio,
ResponderEliminar«Pássaros. Atravessam chuvas e países no erro dos ímanes e dos ventos, pássaros que voavam entre a ira e a luz.
Voltam incompreensíveis sob leis de vertigem e de esquecimento»
Gamoneda
"retumba ainda no jardim invisível o rouxinol".
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ResponderEliminarEu em criança costumava cantarolar... «está a chover e a dar sol, na casa do rouxinol...»
E nesses tempos não me importava com o frio! 😊
Beijinhos de cachecol
(^^)
"sol e chuva casamento de viúva".
EliminarO Serra da Estrêla
ResponderEliminarestá na sua praia
Absolutamente.
EliminarO instinto dos cães é muito mais apurado do que o dos humanos.
ResponderEliminarTenho uma forte suspeita acerca do motivo que leva Fiódor a correr desalmadamente. Não é o vento que Fiódor persegue. Mas, se o dono não o diz, eu saberei guardar o segredo.
Bom Domingo Senhor Palomar, perdão, Senhor Impontual!
Aproveitando a gentileza que a Flor nos trouxe;
Eliminar"Ah caminhante, ah confusão de pálpebras".
A sério não entendo, estamos a mais de metade de Novembro, e queriam o quê?! Calor?! Bem dito o frio que nos congela a ponta do nariz|
ResponderEliminarAdoro passar a mão pelo pêlo do cão, entenda-se :)
Felizes os cães!
EliminarAdenda ao meu comentário:
ResponderEliminarO título do post lembrou-me que antigamente havia uma série que se chamava " retalhos da vida de um médico" se não estou em erro.
EliminarLembro-me perfeitamente dessa série, minha Deusa, adaptada da obra de Fernando Namora.
Eu não perdia um único episódio... 😊 e ainda sei cantarolar o fabuloso tema do genérico da série, cantado por Carlos do Carmo.
Perfeitamente. Num grande poema de Ari dos Santos.
EliminarObservo que as minhas Caríssimas manipulam com destreza a máquina do tempo.
Acho espantoso esta vivência e o acumular de memórias vivas.
A idade é um posto, e tu sabes isso perfeitamente!
EliminarBeijinhos
Caramba, Clara. :)
EliminarPassava ao domingo à tarde.
Eliminar(...)
Cada história é um retalho
Cortado no coração
De um homem que no trabalho
Reparte a vida e o pão
(...)
EliminarSomos muito idosas... hehehehehe
Dessa série, lembro-me de uma cena de um parto. Eu era muito gaiata e fiquei super assustada :) :)
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