quinta-feira, 19 de março de 2020

Passe-Partout

Há alturas em que a ausência é tão pesada como uma criança sentada sobre o meu peito. Noutras alturas, mal consigo recordar os traços exactos da fisionomia de quem me falta e tenho de ir buscar fotos que guardo em envelopes velhos dentro dos gavetões das cómodas. Os piores dias são aqueles em que, sem os procurar, os encontro nos sítios mais improváveis.
O tempo não cura nada, só fabrica cicatrizes... com uma habilidade sublime.

8 comentários:

  1. Boa tarde: Uma grande verdade. E certas cicatrizes que ficam doem como se nunca tivessem cicatrizado.. Visitando, gostei demais do seu trabalho aqui no blogue.

    Fiquei seguidor

    Voltarei sempre que houverem temas novos

    Cumprimentos

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  2. Vou ali enxugar um olhar ondulado e já volto ;)

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  3. Aaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhh: Força, ouviste?
    Tu consegues.

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  4. A saudade é sempre lixada.
    Mas o confinamento acaba por decuplar qualquer sentimento, sensação, vontade que pensávamos conseguir controlar antes dele nos ser imposto.

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  5. Estamos presos ao tempo, e ao confinamento das nossas vontades. Resta a resiliência. Não quero dar-me ao luxo de me perder em memórias e em saudades.
    Estamos numa gerra de nervos a todos os níveis, há que manter serenidade e muito sangue frio.
    Espero te bem, J.

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  6. Porra.
    Lamento.
    Tendo passado por um abalo emocional diferente mas semelhante, quero acreditar que o tempo ajuda. Mas tenho suspeitas...
    As melhoras e que essas cicatrizes deixem tanto de pulsar.

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