terça-feira, 10 de novembro de 2020

Oh! O deslumbramento depois da angústia!

Quantas e quantas vezes lhe dei forma nas minhas viagens e pensamentos. Ele vive na minha alma. Criei-o ao enredar os factos, as paisagens e os desconhecidos que me rodeiam e não pela força das minhas mãos. Foram muitas as manhãs e inúmeros os crepúsculos em que contemplei uma outra argila transformada nesse mesmo esplendor.
Onde começará, onde acabará o deslumbramento? Não sei. 
Por agora tenho de voltar à narrativa real. Mas o caderno espera-me constantemente sobre uma mesa num alpendre voltado para um mundo empedernido. 

2 comentários:

  1. Que beleza...esse caderno à sua espera:)
    ~CC~

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  2. Muito poucas vezes experimentei um verdadeiro deslumbramento.
    Agora lembro-me de dois:
    1 - ver o deserto em Israel - na minha cabeça tinha pré-concebido um deserto de dunas, e deparar-me com as montanhas foi esplendoroso.
    2 - Não vou contar! ;)

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