Rosinha não é má rapariga. No fundo, é avessa à falsa burguesia e ao puritanismo em que vive. Mas é incapaz de entrar em choque com o seu mundo. O seu derivativo é aquele tipo de rebelião mansa: afinal um sintoma das épocas de impotência. Rosinha está, como qualquer um, à espera de um grande acontecimento que a obrigue a modificar a penúria da sua vida, mas não provoca esse acontecimento, porque estaria a agir contra si própria. Também lê, como qualquer um, também é esperta, como qualquer um, mas tem um emprego em home office e não está disposta a perder esse privilégio. Rosa é uma virtuosa, à sua maneira.
Gostei desta personagem, muito interessante a descrição dela.
ResponderEliminarArthur Claro
http://www.arthur-claro.blogspot.com
Olha, também gostei da Rosinha. Vá-se lá saber porquê. Óptima descrição.
ResponderEliminarTalvez viva dentro de cada um de nós uma Rosinha à espera do "grande acontecimento". Eu às vezes sou como ela, outras bem diferente.
ResponderEliminar~CC~
Afinal, lendo mais atenta, desdigo de Rosinha, para que raio espera ela um grande acontecimento. Está provado que esses tais são, em grande parte, funestos, viram a vida de pernas para o ar e, felizmente, raro acontecem. Não consigo entender pessoas assim, têm vidas iguais às de toda a gente e esperam por algo que não acontece a ninguém e se lhes acontecesse até eram capazes de não gostar:). Mas pronto, o senhor Impontual é que a criou, dê conta dela que a garota lhe pertence.
ResponderEliminarUm bom início de Primavera. E volte sempre a esta sua janela.