sexta-feira, 27 de maio de 2016

Oscar Freire

A rua está cheia de mulheres com um passo de setenta centímetros. Mulheres sem rosto. Nádegas, redondas e sólidas, exercendo aquela pressão sobre a saia justa - são já um rosto -, lisas e escorreitas, sobem e descem emitindo umas vibrações ao andar, com um ritmo que enche os olhos.

3 comentários:

  1. Impontual, muito nos contas da cidade de S. Paulo. :)
    Uma diferenciação que começa pela metade do corpo mais próxima do chão. E o rosto que fica para depois.

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  2. Por vezes param

    só para ver como se anda

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