E quando a violência dos nossos corpos atravessar o canal da linguagem, passar para além das palavras, para além de tudo o que possam dizer as palavras, ocupar-me-ei do teu corpo, centímetro a centímetro, explorá-lo-ei, acariciá-lo-ei, farei jorrar prazer de cada poro da tua pele. Será a grande ocupação da minha vida: dar-te prazer... tratar-te como uma pequena rainha. Apenas ouvirás o roçar do meu corpo contra o teu, as gotículas de suor que rolam na tua pele, a minha boca que as vai sorver, que subirá à tua orelha e repetirá incansavelmente: "diz-me o que queres". Depois, enxaguarei o teu corpo dessa água que corre, dessa sede que jorra entre a tua e a minha pele, essa sede nunca saciada que encontra mil fontes novas em mil recantos escondidos no teu corpo espantado. Por fim deixaremos a beira-mar, os rochedos, a espuma suja das vagas, afogar-nos-emos naquela água salgada, lamber-nos-emos, respirar-nos-emos, ergueremos a cabeça para recuperar o folgo e partiremos para mais longe dançando no desconhecido caminho marítimo dos nossos corpos ...
E quem dança assim não depende de música :)
ResponderEliminarBoa tarde, Impontual.
Quem dança assim, pode dizer-se, é a própria música.
ResponderEliminarBoa tarde (Im)pontual
...será este o ritmo da "Lambada", Impontual? Dança de Salão, não é não!...
ResponderEliminarSerá a Dança d'(a)Mar?!?!!
( não vás ao mar Toino, podes morrer, Toino...)
Quem assim escreve não é gago :)
ResponderEliminargostava de assim dançar :)
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