A verdade é que chega-se a uma altura em que nem as desilusões, nem as confusões, nem o aborrecimento sem nome, podem subjugar totalmente o calendário. A rua, as casas, as árvores floridas, os rostos escondidos na incógnita dos dias, as mulheres, os livros e os amigos, tudo isto potencia o campo magnético do ser em que nos tornamos. Não fosse o pavor da cova dos falhados, o pavor encolhido, dilatado e novamente encolhido, adormecido mas não muito e dispensava-se a estratégia da esquiva, a retractilidade perante os dias que se estende ao resto, o trabalho aturado da dupla solução, a múltipla alternativa para as situações imprevisíveis, a solução de reserva, o coeficiente de segurança... e seriamos muito melhores pessoas. Agora assim, somos o que somos.
não fosse o medo. não é, Impontual?
ResponderEliminaro medo é uma pequena semente. um vulto...
EliminarComo vai?
Não fosse o que somos e seríamos muito melhores...
ResponderEliminarA culpa é da hipocrisia de nos sentirmos o máximo. :)
EliminarSempre seremos o que somos e sempre pensamos no que poderíamos ser, é inevitável
ResponderEliminarQuase freudiano: podíamos ser muito melhores se não quisessemos ser tão bons. :)
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