Esta manhã bem cedo, depois de um abraço bem apertado e em menos de um café tomado ao balcão, Bernardes Carvalhosa dizia-me com alguma mágoa no sorriso sempre aceso que lhe é característico, que poucas vezes terá gostado de mulheres que não tivessem gostado de si. Que nem sabia se isso aconteceu alguma vez, porque geralmente as mulheres, quase todas, gostavam dele. Crê até que tenham gostado de si muitas vezes mais do que as que deviam, às vezes só as que não deviam. Mas que o que sempre lhe interessou não era a impressão que causava nas outras pessoas, mas sim a impressão que elas causavam em si. Que a sua vivência não é, nem nunca foi, apesar de tudo, uma vivência libertina, é uma vivência de sentidos. Mas que o seu problema - talqualmente o meu, diz Bernardes Carvalhosa - é quando se abrem portas entre as nossas e as suas bocas.
Ainda agora, já para lá do meio-dia, embrenhado cá nos meus aborrecimentos profissionais, continuo a tentar recordar-me se aquele circuito Amesterdão-Berlim-Praga foi em 93 ou 95. Mas creio que foi em 93.
Não compreendo essa mágoa do Bernardes Carvalhosa, Impontual.
ResponderEliminarEntão o senhor não devia sentir-se feliz por essa empatia?
Já concordo que seja um problema esse - talqualmente o meu, digo eu - quando as bocas se abrem para um muito breve dialogar. Alguns/algumas, estragam tudo...a empatia morre logo ali. Por isso sempre aconselho a linguagem do olhar...
Quanto ao circuito, lamento, mas não posso ajudar.
Um abraço, Impontual!
Eu estive em Amesterdão em 92... e em Berlim em 94.
ResponderEliminarA Praga nunca fui, com muita pena minha.
Resumindo... desencontramo-nos totalmente nas nossas viagens! :D
Beijinhos em nº par
(^^)