O amor não devia atender a nada mais do que o amor. Como acontece no sexo.
Caso não lhe seja conspurcado pelas condições do homem civilizado, o prazer físico entre um homem e uma mulher pode atingir o êxtase. O sexo tem esse poder; o de superar a confusão com os limites nas relações pessoais. Já os que se atrevem a molhar os pés apenas no rio que traz as águas do amor perdem algo de fundamental. As suas associações vão-se tornando meros negócios, investimentos especulativos neste e naquele particular, não é de surpreender que tais ligações se afundem no ciúme.
A partir do momento em que amor é moeda de troca transforma-se num instrumento de repressão e controlo. Promessas de felicidade, fidelidade e sacrifício e que parecem sagradas, não passam de egoístas demonstrações de posse, fraudulentas, despidas de pureza - como a sexual -, enganadoras a nível individual e social. A prova é visível: todos os pares por mais felizes que seja no começo, acabam mais tarde ou mais cedo por odiarem tudo isso e por se atormentarem.
Tende juízo senhores de sotaina. Quem dera que o amor fosse como o sexo.
Tende juízo senhores de sotaina. Quem dera que o amor fosse como o sexo.
O sentimento de posse é talvez um dos grandes males da humanidade...
ResponderEliminar...sobretudo quando se aplica a outro ser humano...
...mas, claro, não só!
Abraço
... e sotaina, para colocar "água na fervura", manda-os ter uma vida em continência. Incitando-os a abster-se do acto da mais pura união - o sexo. :))
EliminarAbraço, caro Gil
Perguntas, estas para já:
ResponderEliminar1) o que é o ciúme?
2) existe algo que não seja moeda de troca?
3) existe amor incondicional em qualquer forma de expressão do sentimento?
Bom dia, Impontual.
Bom dia, Isabel.
Eliminar1) é o elo mais fraco da cadeia do amor
2) Existe, se afastarmos o delírio da posse - no sexo estamos mais longe desse delírio.
3) Em qualquer forma de expressão apenas a necessidade é incondicional.
Como vai?
Já quis ter uma pessoa só para mim, sabes, I. Confesso. Tamanha era a minha paixão, ou obsessão. Não sei que nome lhe dar. Agora brinco e digo que só preciso de uma pessoa a meio tempo. :) Entro em desatino só de pensar que alguém irá permanecer no mesmo espaço que eu durante um tempo que me parece interminável. E falo de horas. Preciso muito da minha solidão.
ResponderEliminarUm abraço, I. :)
Está a falar-me do luxo que é poder sofrer sem ter ninguém a observar ou sobre o amor incondicional não caber em lado nenhum?
EliminarQuerida Alaska, quer que a leve a casa?
Não sei se cabe ou não. Tudo o que sei é que ainda não aprendi a amar assim. Incondicionalmente.
EliminarQuero, sim. Mas terá o I. paciência? Eu paro em tudo que é lugar só para fotografar pequenos pormenores. :)
Querida Alaska. Paciência é unicamente o que lhe posso prometer.
EliminarSerá, senhor Impontual, que aquele chavão já muito usado e talvez, também,abusado, tem algum fundo de verdade, pergunto eu que gosto de perguntar coisas com intenção de me aperceber se isso do caminho da luz existe ou não.
ResponderEliminarÉ este o chavão de que falo:
"A mulheres dão sexo em troca de amor e os homens dão amor em troca de sexo"
(será este mundo apenas e tão somente baseado numa troca de interesses? isso do amor não será pura utopia? algo criado pelo homem para disfarçar o que realmente quer e precisa, instintos básicos, quem sabe?...
PS: os senhores da sotaina vivem num mundo à parte, penso eu, o mundo real não se compadece com vidas hermeticamente fechadas.
Tenha um bom, dia, caro senhor Impontual :)
MM, gosto de pensar que as pessoas se dão e não dão algo. E nesse acto de dar-se (das pessoas em si) o amor é mais narcisista, mesmo quando se fala em “doação”. Sexo é mais democrático.
EliminarQuanto à sotaina, como pode aconselhar os fieis recasados a “uma vida em continência”!? É inacreditável.
"Sexo é mais democrático" é muito bom :))
Eliminar(mas as pessoas ao se dar, estão a dar algo de si... pronto, agora baralhei-me)
Também acho
ResponderEliminarana ainda bem que veio. Queria muito fazer esta pergunta. Faço-a a si, porque sei que sabe que sou um amante lamentável. Acredita em algum destes binómios: o amor gera desejo - o desejo gera o amor?
Eliminaracredito no primeiro
EliminarSexo sem amor é como comida sem sal. Claro que quando a fome é muita ... come-se.
ResponderEliminar* Vivências de Amor - Volúpia Incerta *
.
Desejos de um dia feliz
Talvez possamos admitir que seja uma volúpia incerta.
EliminarMais complexo o amor, sem dúvida. Por isso é maior o desafio, estou do lado dele. Nem sempre acaba mal, pode acabar só. Mais desafiante ainda, manter o desejo e o sexo vivo numa relação de amor (quanto mais longa, mais difícil).
ResponderEliminar~CC~
CC,
EliminarPartilho dessa, diria quase utópica, idealização.
Se o amor fosse como o sexo, a maioria dos males da sociedade desapareciam. Mas eu sou um visionário. Tento nunca conspurcar a pureza do sexo com essa velha ironia chamada amor. ;)
ResponderEliminarÀs nádegas tantas, o meu caro Patife é que está certo.
EliminarQue ideia peregrina esta a da igreja quer desinfectar as relações entre os casais. Enfim...
ResponderEliminarDe acordo, Nut. Peregrina. :)
EliminarO desejo pode gerar amor, na medida em que a proximidade é passível de provocar a descoberta do outro, ou pode não o fazer pela mesma razão.
ResponderEliminarO amor, para mim, não existe sem desejo.
Quanto ao Sr. da sotaina, deve dormir de braços de fora das cobertas, com um cilício nas coxas.
Beijos, Impontual :)
Basta ver-mos que de repente nos dá vontade de um abraço.
EliminarBeijo, Maria - a castigadora implacável. (Cilício nas coxas!?)
O amor não interessa. O que importa são os arredores.
ResponderEliminarGaffe
Perfeitamente, Gaffe. O amor e as avenidas.
Eliminarsempre que leio sobre estes 2 lembro-me da música da Rita Lee.
ResponderEliminarsão tão bem descritos...