Que porque se dão mal com ausências injustificadas, com a falta de respostas, com silêncios enlouquecedores, com desaparecimentos. Nunca o mereceram, são naturalmente transparentes e se andam sufocadas para dizer, havia sempre uma forma de o saber - olhando-as nos olhos, e bastaria isso para que pudessem dizer tudo. E tinha de ter sido dessa maneira. Não sendo, e esperando que o dano seja o menor possível, apresentam automaticamente a sua demissão de uma história que nunca o foi. Sabem?
Por vezes gosto de gente assim, outras não dá jeito nenhum.
Por vezes gosto de gente assim, outras não dá jeito nenhum.
perdi alguma coisa, Impontual?
ResponderEliminarana, reparou que este Inverno escolheu ir-se embora pelos caminhos de dentro?
Eliminarnão. tenho andada distraída pelo dentro dos meus caminhos
EliminarPara quê perceber o que se passa lá fora se tudo acontece cá dentro? Perdida no lado de dentro! Ainda gosto mais.
Eliminaré um desatino, Impontual. nem queira saber.
ResponderEliminarpercebo o desatino. é inconcebível as coisas de dentro, por vezes, não terem nome.
Eliminarnunca tinha pensado nisso. as coisas por dentro não precisam de nome.
EliminarMuitas vezes não é fácil dizer, olhos nos olhos, o que nos vai na alma. Estarei errado?
ResponderEliminar.
* É o teu coração um poema sem rima *
.
Tenha um dia feliz.
Do mesmo modo que não creio que uma membrana, por mais fina e transparente que seja, possa reflectir o pensamento também não há-de facilmente reflectir o âmago. E depois...é tão fácil manipular o paradoxo.
EliminarObrigado, Gil António.
Sei. Às vezes sou um bocadinho assim (talvez um bocadinho mais que um bocadinho) e se queres saber não dá jeito nenhum. Se irrita os outros, irrita-me ainda mais a mim.... Isto aqui do lado de dentro não é fácil....
ResponderEliminarEnfim...
Mafalda tem de parar essa correria dentro de si. ;)
EliminarEntão, não haveria de saber se eu sou uma dessas pessoas?
ResponderEliminarExceptuando a parte da demissão da tal história, que nunca o foi.
Embora, já me tenha demitido, e demitido, a maioria daquilo que foi perdendo, para mim, o interesse...
Boa semana, Impontual.
Quem nunca se demitiu? Aliás passamos grande parte do nosso tempo em demissões e admissões.
EliminarBom dia, Janita.
Gosto de cá vir porque nunca sei se percebo (a)onde quer chegar, ou se quer, sequer, algo, chegar ou não, ou outra coisa, qualquer. Fico-me pelo que que me soa, evoca, e isto evoca-me ausências injustificáveis. Depois há aqueles que as acolhem e não se demitem, e há outros que não estão para isso. Eu sou das que desaparece e por vezes volta sem esperar perguntas, e daquelas que não se demite de acolher quem se retira. Isto seria totalmente verdade se não houvesse abandonos antigos pelos quais esgadanhei motivos... e regressos que descartei. Se calhar há quem possa dar-se a certos luxos, como este do vai-lá-à-tua-vida-quem-sou-eu-para-pedir-justificações , e outros, ainda no limiar de mínguas emocionais, que de tal não estão capazes.
ResponderEliminar(nota biográfica uma beca mais específica - aqui há uns anos diz-me assim um amigo, daqueles com quem as justificações já deram o que tinham a dar, sabes que fulano de tal está um bocado fodido contigo, e eu ai sim porquê, pelos vistos tinha por várias vezes tentado contactar-me e que eu nada nem devolvia as chamadas. então liguei-lhe e disse ó fulano não leves a mal, eu às vezes fecho o tasco e não estou para ninguém, e ele perdoou-me. ainda no sábado passado estivemos todos juntos, o que até me deu um certo jeito)
Gosto muito que a LK cá venha, porque também nem sempre a percebo. Mas quase sempre que a não percebo fico a pensar. Eu gosto de ficar a pensar - o que por si é também toda uma outra minuta que nos atira para demissões e admissões, por vezes readmissões.
EliminarNota de rodapé: Por outro lado as palavras "ir embora", que deveriam ter o efeito de um grande alívio, são quase sempre interpretadas pelas pessoas e pela sua mente baralhada como se fossem o tiro de misericórdia. Como se o mundo fosse um barco e as atirassem borda fora.
Nota de rodapé 2: partir é diferente de ir embora.
Aceita um abraço?
Sim. Obrigada e boa tarde. ;)
EliminarPor vezes os silêncios impõem-se, quando a percepção dos actos esgota as palavras...
ResponderEliminarÁs vezes deixo-me calado. Mas na realidade detesto o silencio. É sinal que ficou alguma coisa por dizer.
EliminarMuitas vezes os actos falam mais que as palavras e tornam-nas supérfluas. Talvez a demissão seja apresentada porque há uma consciência de que as palavras que não chegam foram roubadas...
EliminarIsto claro, é uma mera conjectura, uma vez que não sei ao certo do que fala, mas sei que há sempre 3 lados para cada história, sendo que um deles, a verdade, não depende dos outros dois, a narrativa de cada um dos lados opostos. Afinal, a nossa percepção é sempre tendenciosa, mesmo quando sabemos que, no fundo, podemos até ter a culpa do silêncio, embora seja difícil de admitir que podemos não ter toda a razão!
O Homo Sapiens Sapiens é um animal complicadamente simples!