Quer tranquilizar-se e não se tranquiliza. Vê espaços vazios por toda a parte e não sabe como preenche-los. Busca desesperadamente a sua espiritualidade e a única coisa que encontra é um vulgar apego à vida de merda. Isso ainda a aflige mais do que o próprio vazio. Sente que não foi aquilo que queria ser e que não fez as coisas que sonhava. Agora depara-se com a realidade de ser demasiado tarde para tudo. Não quer dizer que tivesse feito as coisas de maneira diferente, no entanto, não sabe como teria sido a sua vida aos vinte e cinco anos se alguém a tivesse avisado que aos quarenta e cinco estaria vazia. Agora tudo se reduz à escassa consciência que tem da sua vulnerabilidade e à ridícula suposição de que tinha o tempo, de que poderia ser imortal.
mas que falta de fé! :)
ResponderEliminarjá dizia o poeta, «sob as águias silenciosas, a imensidão carece de significado.»
Fé? Esse sentimento consubstanciado no medo?
Eliminar( Tenho de lhe pedir desculpa pelo roubo. obrigado) :)
Ahhh se soubéssemos o futuro.... qual a graça do passado?
ResponderEliminarNem sempre o melhor profeta do futuro é o passado.
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ResponderEliminarHoje de manhã fui despedir-me de uma amiga cujo corpo foi "devolvido" à terra.
Tinha 41 anos e uma vida cheia, cheia de objectivos e de afetos, nomeadamente dos seus dois filhos de 2 e 6 anos.
Estavas a falar de quê, mesmo??
EliminarDo tempo, Clara, do tempo.
Ainda vai a tempo de preencher esse vazio, basta querer!
ResponderEliminarNoite boa Impontual, beijo do Olimpo
Sim. É da natureza do ser humano tentar eternamente preencher o seu vazio.
EliminarO tempo devora-nos!
ResponderEliminarTentemos aproveitá-lo...
Abraço, caro Impontual :)
O tempo não reconhece o seu lugar.
EliminarMaria, posso chamá-la de Tutu? Quer ir ao cinema?
Man with a chair, I don't mind if I do! :)
EliminarCome from there.
EliminarThank you.