quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Pavlov

Há algo de velado nas manhãs soalheiras como a de hoje que é indubitavelmente pavloviano, não acham? Algo acerca do pensamento se nos tornar fugidio. Pergunto-me, absurdamente, se essa sensação ainda é concebível. Pergunto-me se as outras pessoas também ficarão ali encostadas às suas janelas, estáticas e alienadas, a olhar para as árvores despidas da rua com aquela sensação cómica de estarem a perder algo num outro lugar. E que esse lugar tanto pode ser no fim do mundo como no fim da rua.

8 comentários:

  1. Conheço a sensação. Estou a gostar de ler o que por aqui se vai escrevendo.

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    1. Obrigado por ter vindo, Maria João.
      E folgo saber que a reacção ao estimulo condicionado não é uma tolice só minha. :)

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  2. Impontual,
    uma graça o título do Post.

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  3. Lolol, Impontual O:-).
    Plagiado a minha Maria mais nova, isso sou eu na vida...
    Sempre de olhos postos no infinito com um vontade desmedida de levantar voo mundo fora.
    Falta a prova testemunhal da manhã soalheira :)
    Bom Ano!

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    1. Bom ano, Sandra.

      A manhã soalheira foi o sino que nos deixou com água na boca. O reflexo de Pavlov em todo o seu esplendor. :)

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  4. Ah Impontual, eu sou muito difícil de condicionar, comigo esse senhor Pavlov não teria muito sorte:)
    ~CC~

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    1. Ah CC, não me diga que não reage a estímulos, sejam eles condicionados ou não. :)

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