Quando na porta à minha frente soava aquela leve pancada de dois toques e me deparava com uma mulher bem composta, de cabelo escuro, testa ampla e sensata, olhos que me aqueciam e um sorriso que no meio da noite era em si mesmo uma luz sobre a minha alma fruidora, que me perguntava numa voz musical, com uma expressão de doçura nas feições e abanando a porta atrás de si com uma das mãos:
- Sabes guardar um segredo?
- Como um túmulo! dizia eu com fervor.
- Acabei de fazer umas bolachas de manteiga!
...
- Não durmas tarde.
- Obrigado, mãe.
- Sabes guardar um segredo?
- Como um túmulo! dizia eu com fervor.
- Acabei de fazer umas bolachas de manteiga!
...
- Não durmas tarde.
- Obrigado, mãe.
Bonita homenagem à mãe.
ResponderEliminarBom domingo, Impontual!
Oh que coisinha mais doce, I. :)
ResponderEliminarUm dia, quando for mãe, também vou aprender a fazer bolachas de manteiga, mesmo com panelas e outros utensílios a voar pela cozinha. :)
Um abraço, I. :)
Muito bonito, Impontual.
ResponderEliminarUma ternura, essa ternura das bolachinhas de manteiga de sua Mãe.
Um abraço. :)