Quem sou eu, bem pesadas todas as coisas, para me armar em juiz impassível de uma civilização tão rica como a nossa? Acabaria certamente por ficar afogado em lugares-comuns. Na verdade, bem vistas as coisas, todas as civilizações assentam na ideia de que, de um lado, não há mais que uma horda vagamente humana e, do outro, os iluminados -"nós". O modo como se policia a fronteira entre civilizados e bárbaros pode diferir, mas todos a policiam, desde o Alasca à Tasmânia. No entanto há algo que distingue uma civilização de todas as outras que é, sem dúvida, a colossal e arrogante desumanidade com que policia essa fronteira.
A civilização do espectáculo que pouco tem de civilizado tornou-se num espectáculo doentio, viral.
ResponderEliminarAcrescento: "Quando Pedro me fala sobre Paulo, sei mais de Pedro do que de Paulo." Freud
Como vai, Impontual? :)
Sim o espectáculo é pobre.
EliminarVou um bocadinho Paulo. Obrigado :) E a Tê como vai?
:)))
EliminarMuito melhor...aguardo, agora, que a menina traga o meu vera cruz em chávena fria para finalizar em apoteose.
Votos de um bom repasto para si também, Impontual [melhor que ontem, de preferência] :)
Hoje uma salada de indívias com atum. Aguardo que o estômago me diga se gostou. :)
EliminarSobretudo quando aliada ao cinismo e hipocrisia...
ResponderEliminar:)
Isso é quase sempre. :)
EliminarLonge de mim pretender atirar para a arena, ímpios ou crentes...esses tempos bárbaros impostos pela civilização romana, já lá vai.
ResponderEliminarMas, desculpar-me-à, caro Impontual; por acaso está a falar de Madame le Pen?? Ah!! O circo é outro, percebi. (ou não)
( Isto é o que se pode chamar de barbárie. A quem lembraria fazer uma pergunta tão despida de subtileza? )
*_*
Foi a Janita (e bem) que meteu a Mme Le Pen no mesmo saco. Eu, por mim,
Eliminarsó espero a partir do próximo domingo deixar de ouvir o som tonitruante desse nome.
Todos enrolados com uma corda, amarrada a um pedregulho, e atirados ai rio Douro, é que era!
ResponderEliminarCaramba, Sandra!
EliminarNão sei se será uma característica desta civilização mas apenas um reflexo dos meios que dispõe. E do sistema de regulamentos, ordens de serviço e despachos que transforma homens em funcionários e não pessoas que pensam e sentem (o outro)
ResponderEliminarNão me custa a crer que a civilização do espectáculo redunde na civilização da decadência.
Eliminar( estou a gostar bastante do seu canto cinéfilo)
Esse teu comentário, Anouk, lembra-me um filme que vimos há tempos... ;)
Eliminar(Desculpem a colherada...)
Obrigsda, Impontual.
EliminarOlvido, "I, Daniel Blake"?
Sim, ninguém é um blip num ecrã. ;)