Qualquer pessoa tem direito a descer, de forma vertiginosa e assustadora, ao patamar mais profundo da vida e por lá ficar, de olhos bem abertos num exame escuro, tempo suficiente para perceber o que vê, o que toca: o horror, a angustia e a permanente sensação primordial do medo de ser humano, de estar vivo, de ter que viver e dar vida, de ter de morrer. E depois voltar para cima e olhar o fundo do poço como quem olha as estrelas que pululam a céu aberto na noite de hoje.
Só quem desce ao fundo do poço sabe dar valor ao brilho das estrelas.
ResponderEliminarBoa noite, Impontual.
Diria que só quem volta do fundo do poço pode valorizar as estrelas fa noite.
EliminarAcho que sei como é!
ResponderEliminar~CC~
Acho que a CC sabe. :)
EliminarSem conhecermos os demónios que nos povoam, não podemos tentar lutar contra eles.
ResponderEliminarO problema maior é quando não se consegue sair do poço...
:)
Às vezes os demônios dão-nos aquilo que os deuses tiram.
EliminarEstou conhecedor do meu poço, coisas do passado, mas desci e felizmente voltei a subir por três vezes já...
ResponderEliminarO importante a beleza do texto, que tão bem retrata essas viagens que fazemos.
Gostei para lá de muito, e vou ter que o guardar meu caro.
Mi casa és tu casa.
EliminarA questão poderá passar por não deixar descer pois subir custa e nem sempre se consegue :)
ResponderEliminarembora o caminho que desce seja o mesmo que sobe, a vida é para subir. :)
EliminarComo diria o outro, pela quantidade de vezes que já fui ao fundo do poço, noutra vida devo ter sido balde... acho que o meu problema é que depois de subir, em vez de olhar para baixo como quem olha as estrelas, olho as estrelas como quem prevê o fundo do poço. Apesar disso, normalmente a olhar para cima volto a tropeçar... e agora com isto fiquei a perguntar-me o que serei numa próxima vida... :))
ResponderEliminarseja o que for há-de ser para ir vivendo. desconfiando, claro. :)
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