terça-feira, 27 de junho de 2017

Questiúncula

Como é que se explica a alguém (muitos), a grande diferença que existe entre ética de convicção e ética de responsabilidade: sabendo-se que a primeira nem sempre  é defeito?

7 comentários:

  1. "Para Weber, quanto maior o grau de inserção de determinado político na arena política, maior é o afastamento das suas convicções pessoais e adopção de comportamentos orientados pelas circunstâncias."

    Sabes qual é o maior problema de todos? O que sempre defendi e defendo, arreigada que sou nas minhas convicções políticas: é que enquanto não houver responsabilidade PENAL para as 'convicções' dos políticos, a ética ficará apodrecida dentro de uma gaveta, com todas as externalidades que isso acarreta.

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    1. Absolutamente,Uva.
      A confusão entre aquilo que é a convicção politica com aquilo que deve ser a responsabilidade social tem como consequência imediata a imoralidade. E quando a imoralidade passa dos políticos para os órgãos de comunicação e dos órgãos de comunicação para os fazedores de opinião individual o resultado é inevitavelmente a confusão entre o objectivo (as circunstancias) e o subjectivo(carácter de convicção pessoal), podendo-se aqui tomar como exemplo o foguetório inútil e inacreditável a que se assiste por estes dias acerca da tragédia de Pedrogão Grande em que matéria de tal delicadeza é discutida na praça pública alavancada por slogans e pensamentos do tipo "esquerdalhas" e "direitolas".

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    2. O que mais me entristece, nesta banalização da dor dos outros, é que nenhuma dor, nenhuma catástrofe, nenhuma tragédia, mesmo aquela que vivemos ao pé de casa, muda alguma coisa. Estou bastante cética com tudo isto.

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    3. A história incute-nos o cepticismo.
      Há bocado, em concordância com o que a Uva disse, esqueci uma nota que é capaz de ser importante: sim à responsabilidade penal dos políticos com retroactivos até à 4ª década. Esteja para que lado estiver a sua convicção.

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  2. Depende de se a pessoa a quem se quer explicar quer saber a diferença!

    Se calhar a pessoa está demasiado embrenhada na ética da convicção para perceber que existe algo mais além...
    ...ou então até sabe e não quer saber...
    ...ou então a ética (qualquer forma de) é apenas algo que se menciona, mas que se usa a contento conforme dá jeito...

    :)

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    1. Estou em crer que a última é a que agrega uma maior densidade populacional. E por isso a mais perigosa.

      (Já agradeci aquilo? Que maravilha!)

      Abraço.

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    2. Pois...

      ...eu infelizmente também :)

      Nada a agradecer. Ainda bem que gostou :)

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