Deixo-me tomar pela noite. Tomar, aconchegar, estreitar. A noite não descansa, arqueja com todos os seus suspiros e oferece-me um concerto amortecido. Quem arrola tantos sons como ela? O jazz pulsa, desventra a cortina das percepções. Um saxofone soprano aparta as abas da razão a fim de proferir um grito tributado às estrelas. Abre-se uma janela, sobredose de emoções, uma vida que se questiona: como, onde, até quando? Êxtase e retracção. As interrogações condensam em si as lassidões reaparecidas ao nascer do sol. As respostas acham-se nas ruas da escuridão, matriz onde se extasiam os imaginários, pois é aí que as ficções tomam corpos e almas, no próprio instante. Elas assemelham-se ao amanhã, depois de amanhã, as avenidas, as pedras, plenas figuras do destino. Sabemos que iremos mover-nos ali e não noutro sitio, no interior de cenários efémeros, momentâneos, transitórios. Às vezes mais vale dormir.
dormiu?
ResponderEliminarDepois de dormir, dormi bastante bem.
Eliminaraí está uma resposta que nunca me tinham dado...
EliminarLogo mais vou tomar banho com as ervas.
Eliminarcusta-me a acreditar
EliminarEncontrou as respostas?
ResponderEliminarBom dia :)
As respostas encontram nas ruas da escuridão.
Eliminar( aproveitei para rectificar a gafe de "excuridão" para escuridão)
Bom dia. :)
Ao outro dia já tudo passou, Belo texto. Adorei
ResponderEliminarSaudade, com cor e presença.
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Bjos
Ao outro dia, no mesmo lugar, tudo é efémero e transitório.
EliminarBom dia, Larissa.
É de noite que tudo nos consome e o nada se agiganta...
ResponderEliminarBom Dia, Impontual.
Às vezes de manhã escurece...
Eliminar…e quando isso acontece, tomamos a forma de uma gaivota dependurada do nada...
EliminarQuantas vezes durante a noite vivo outra vida bem diferente e, acordo vazia, loool . Amei
ResponderEliminarBeijo e um tarde feliz
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
vida repensada...
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