Aquela poderia ter sido a hora mágica das nossas vidas - a única altura em que poderíamos ter sido exactamente aquilo que gostaríamos de ser - e os deuses tinham-nos trazido, naquele momento dourado, o prémio mais desejado: descobrimos uma pequena loja de chã, onde entrámos, um lugar com paredes forradas a papel de veludo azul índigo com relevo e com cortinas corridas até meio, de modo que os vultos das pessoas que passavam na rua formavam uma espécie de jogo de sombras balinês no tecido amarelo dos maples onde estávamos sentados, silenciosos, cara a cara, olhos nos olhos, espectro no espectro...
só isto?
ResponderEliminarqueremos saber mais! :)
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(dos aromas, do toque nos tecidos, da pele à vista e daquela adivinhada, das flores nas jarras, do riso quando se tenta adivinhar ua língua estranha, das paredes rasgadas nas ruas - as mais estreitas - onde os corpos se tocam sem querer,
Acho isso do espectro no espectro, um bocado macabro, Impontual...:)
ResponderEliminar(Um dia destes estive num local onde o Impontual esteve. Quer que lhe diga qual foi? Então venha ao blog...)
Um abraço.
Parece-me bem a ideia. Figuras na penumbra, os contornos em semi-luz e em semi-fresco. Bom nos dias de verão :))
ResponderEliminarPoderia ter sido...
ResponderEliminarse estava tudo perfeito inclusivé a luz que cada um erradiava estava no mesmo comprimento de onda...por que não foi, senhor Impontual?