segunda-feira, 8 de abril de 2019

Omniscientes ou observadores, pouco importa

Não é possível narrar sem nos contradizermos. Vivemos presos do calculo e, por isso, contamos verdades enviesadas. Calculamos e erramos com semelhante frequência, porque com frequência esquecemos que os outros calculam como nós e que os seus cálculos não coincidem necessariamente com os nossos. Nem sequer os nossos cálculos sobre um mesmo assunto são coincidentes. Cada vez que escolhemos um rumo e não outro, deixamos para trás partes de nós mesmos, e cada vez que contamos construímos uma história parcial onde essas possibilidades que demos de lado não aparecem sem antes serem convenientemente modificadas. Anulamo-las ou diminuimo-las ou, se o que pretendemos é lamentar-nos, empolamo-las outorgando-lhes uma importância que não tiveram.

7 comentários:

  1. Somos assimétrico por natureza
    😉
    Una boa noite, Mister Impontual

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    1. E não é aí que, quase de modo inconsciente, se vincam as igualdades?

      Bom dia, agora.

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  2. Nesse seu modo enigmático e ambíguo de expressar os pensamentos, creio que isto é um desabafo profissional. Como os meus cálculos arquitectónicos sairiam sempre enviesados, pode ser o Impontual o omnisciente que eu serei a observadora/ouvinte, atenta, silenciosa e sem opinião...Está bem assim?

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    1. Janita faz bem ficar de fora da representação gráfica.

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    2. :) :) Seguirei a sua sugestão...Mas veja se aquieta esse ego sempre inquieto.
      Vou estar de olho em si. ehehehe

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  3. Isto seria muito aborrecido se assim não fosse.

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    1. Nem sempre assim é. Ainda há momentos um amigo destas coisas dos blogs me dizia que silenciar os egos não é tarefa fácil. Tendo em concordar com ele.

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