Alberto é um homem alto, seco, solene e nobre. Andará um pouco acima dos oitenta anos de idade. A arca do peito é convexa e ainda imponente. Está deitado na maca como uma estátua caída, marcado por uma remotissima serenidade. Um ser maiúsculo, se assim se pode dizer. Mas os olhos... os seus olhos revertem para outras paragens, os pensamentos mergulham no caudal do tempo e o tempo também tem compartimentos, e ele sabe que à medida que o tempo passou, as trevas foram-se acumulando em seu redor.
Diz para quem o acompanha no corredor do infortúnio:
-- Chegamos à linha da frente. Um de nós vai morrer. Mas não os dois. Também eu fiz sempre o que era necessário, nem sempre o que estava certo.
Falou a voz da experiência da vida. E que mensagem reflexiva nos deixa!!!
ResponderEliminar.
Uma Páscoa abençoada e feliz
Não é à toa que os africanos reconhecem nos sekulos (velhos) a sabedoria.
ResponderEliminarBoa tarde, com saúde
Eu gosto de velhotes:)
ResponderEliminarUma sociedade sem eles não me faz sentido.
~CC~
ups...
ResponderEliminarfiquei sem palavras