A escuridão dos céus serve de cenário ao corpo a corpo. Jogam, fazem tenção de tudo, já. Ele persegue-a, empurra-a, levanta a saia, retira o que estorva, espanta-se silencioso da pele suave das nádegas, atarda-se, prova com os dedos o acetinado, ela puxa a sua cabeça para entre as coxas, ele obedece à determinação, coloca as mãos atrás das ancas, oscila a cabeça, aplica-se com doçura, ali onde tudo está à flor de tudo, avança sem forçar, afloramento, saliva e humores amalgamados. Ela cala-se, de olhos fechados, pensa na terra que se esvai para os confins do universo, foguetão projectado no firmamento, espera, ri-se, emociona-se, goza cada segundo, o tempo estira-se, a luz brota por todos os lados.
Impontual em Marte, parece-me bem :)
ResponderEliminarToca a ter um dia bonito e sorridente.
Não gosta de ir longe, Perséfone?
EliminarBom dia.
O senhor Impontual anda muito erotizado. Será do confinamento? Ou é só para descontrair. Pronto.
ResponderEliminarO erotismo é tão indispensável como a poesia.
EliminarBom dia , Bea.
Se me permite, discordo. E mesmo que não permita, continuo a discordar. Há uma universalidade na poesia que ultrapassa largamente o erotismo.
EliminarO senhor Impontual há muito que treina a escrita erótica, um dos estilos que eu acho mais difícil de todos. Como escapar ao tom/estilo das 50 sombras? Eu nem aprecio o Philip Roth - um homem que muito gosta de escrever este tipo de coisas e bastante apreciado nessa capacidade. Só abro até agora uma excepção: Herberto Helder. Também o lê?
ResponderEliminar~CC~
"Em marte aparece a tua cabeça -
Eliminareu queria dizer. No lugar onde
desapareceu a janela,(...)
Onde era a cortina fria,
de pássaro escutando."
Bom dia, CC