Depois da violencia dos nossos corpos atravessar o dique da linguagem, passando para além das palavras, para além de tudo o que possam dizer as palavras. E então só se ouvir o roçar da minha pele contra a tua, as goticulas de suor que rolam da tua pele para a minha, a tua língua que vem lamber essas mil goticulas, que sobe à minha orelha e repete incansavelmente: quero-te, já.
Depois de me pôr de joelhos entre as tuas pernas e enxugar o teu corpo dessa água que corre, dessa sede que jorra entre a tua pele e a minha, essa sede nunca saciada que encontra mil fontes novas em mil recantos escondidos dos nossos corpos espantados.
Depois de deixarmos a beira-mar, os seixos, os rochedos e andarmos à deriva na espuma suja das vagas, afogarmo-nos naquela água salgada, lambermo-nos, respirarmos, erguermos a cabeça para recuperar o folgo e partirmos para mais longe no desconhecido caminho maritimo dos nossos corpos, curto e cheio de tédio será o tempo das nossas vidas sem rememoração.
Não me soube a intimidade.
ResponderEliminarBom entardecer, Impontual
Há um cheiro a sexo e a suor. Há a marca de desejo para lá de intenso. Depois? Depois se verá!
ResponderEliminarBoa tarde, caro Impontual. :)
acho eu que o senhor Impontual precisa tomar um banho de água fria. Parece-me.
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