Ela aceitava a homenagem sem se comprazer. Eu procurava sem isenção o sulco entre os seus seios. E nem o meu olhar hipócrita a fez fechar as bandas do roupão. O portal entre os seus olhos e os meus abriu-se: tínhamos encontrado a liberdade de olhar e querer.
__Diz que temos tempo. Di-lo.
A noite resfriava os nossos lábios juntos. Abraçámo-nos mas não nos pusemos ao abrigo da grande maré das horas, mas a noite no pátio do varandim, a noite na cidade deserta desabaram sobre nós.
__Tenho medo do tempo que passa, disse.
Ouvi um sussurro de uma massa de luto. Eram os seus cabelos negros que ela atirava para trás. Tirei partido do intenso desejo de uma rainha descomposta.
Excelente contributo para celebrar este dia, Impontual.
ResponderEliminarAdorei o retrato - calculo que a P&B -, de um momento de amor, entre Cleópatra e Marco António, suponho.
Passe o tempo que passar esse instante ficará perpetuado para todo o sempre.
Um abraço de parabéns, Impontual. :)
belo.
ResponderEliminarQue bela fotografia impontual ;)
ResponderEliminarE as pessoas que dizem foto em vez de fotografia? Arre!!
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