Vem posar de dois em dois meses. Sempre no inicio do mês, sempre no inicio do dia, sempre a uma Quarta-Feira. Estamos no fim de Fevereiro. Falhou Janeiro. Entrou com uma elegância intrínseca que se destaca desde logo no detalhe como se senta e olha de frente com a cabeça bem levantada. Uma beleza sólida e atraente, caracterizada por linhas limpas e essenciais, realçadas pelo grão natural da pele.
De repente, sente-se aquele tremor delicioso que os panoramas grandiosos nos despertam. Somos simultaneamente Deus e nada. Somos ao mesmo tempo o céu e o grão de areia. Depois vem aquele matraquear surdo, uma mudança de luz -, voltamos à terra.
Não sei lhe pinte a pose de confiança no olhar, harmonizado com a sua postura ou se lhe esboce as mãos ausentes sobre o regaço. Mãos que albergam memórias inquietas e gritam: não sou! não vou! não quero!
De repente, sente-se aquele tremor delicioso que os panoramas grandiosos nos despertam. Somos simultaneamente Deus e nada. Somos ao mesmo tempo o céu e o grão de areia. Depois vem aquele matraquear surdo, uma mudança de luz -, voltamos à terra.
Não sei lhe pinte a pose de confiança no olhar, harmonizado com a sua postura ou se lhe esboce as mãos ausentes sobre o regaço. Mãos que albergam memórias inquietas e gritam: não sou! não vou! não quero!